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Governo encerra campanha de crise hídrica, mas estado ainda é de alerta

Foi encerrada nesta terça-feira (12), a Operação de Enfrentamento da Crise Hídrica da Bacia do Rio Meia Ponte. As chuvas começaram a chegar, mas o estado ainda é de alerta. Segundo dados da Sala de Situação da Saneago, o nível no Rio Meia Ponte, no ponto de captação de água para abastecimento na Grande Goiânia é de 2,8 mil litros por segundo, índice um pouco acima do período de estiagem.

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Andreia Vulcanis, explicou a reportagem do Diário de Goiás, que mesmo com índice de 2,8 mil litros por segundo, ainda em estado de alerta, há previsão de chuvas espalhadas ao longo da Bacia do Rio Meia Ponte e as barragens que foram usadas para socorrer o sistema já encheram e se a seca prolongar, poderão novamente ser usadas.

“Adiamos bastante o encerramento da campanha. Nossas pesquisas indicam que há chuvas esparsas e elas serão capazes de manter a vazão do rio e por outro lado, temos as barragens que foram abertas para nos atender no período crítico, muitas já encheram, somente com essas chuvas e numa estiagem um pouco prolongada, elas poderiam nos socorrer”, explicou a secretária.

Andreia Vulcanis argumentou que a situação está sob controle. Ela disse que a Secretaria de Meio Ambienta vem mantendo o monitoramento, que as chuvas já iniciaram, mas ainda não estabilizaram. Ela ressaltou que durante a seca, foram mais de 21 mil ações de controle na bacia ao longo desse período.

A secretária declarou que foram 89 dias de fiscalização intensiva, foi realizado cadastro dos usuários não outorgados na bacia, quase 600 usuários que não tinham autorização. “Isso traz um reflexo positivo, passamos o período de seca sem faltar água, tivemos êxito, reduzimos o número de infrações. Tudo isso permitiu atravessar o período crítico”, argumentou.

Preocupação

A secretária demonstrou preocupação com os baixes índices pluviométricos na Bacia do Rio Meia Ponte. Ela disse que houve uma redução de precipitação e uma modificação no regime de chuvas.

“Nós tivemos 122 milímetros de chuva em novembro do ano passado nesse mesmo período, e agora apenas 29 milímetros. É uma redução significativa. Este ano tivemos 131 dias sem chuvas, mais de 4 meses”, afirmou.

Planejamento

Ao Diário de Goiás, Andreia Vulcanis explicou que foi iniciado planejamento para o ano que vem. Ela ressaltou que as primeiras reuniões entre técnicos de diversas áreas já ocorreram. A secretária espera que haja uma situação mais confortável no ano que vem.

“Já iniciamos o planejamento para 2020, isso envolve uma estratégia de forma adequada dos níveis críticos. Estamos com projeto de recuperação da bacia bastante avançado, há estratégias de curto prazo para 2020 para termos menos riscos e sustos para a população”, explicou.

Uma das principais mudanças em relação a este ano é quanto aos níveis de alerta. A secretária disse que os níveis considerados críticos devem ser modificados para uma melhor organização. Abaixo de 6 mil litros por segundo, o Meia Ponte já entra em situação de alerta.

“Os níveis críticos ficaram muito próximos sum do outro. O tempo de resposta teve de ser muito rápido. Então nós estamos submetendo uma nova proposta no comitê de bacias, com um planejamento sendo estruturado para nos ajudar quando chegar no período de estiagem”, analisou.

Andreia Vulcanis disse ainda que está sendo verificado com apoio da Saneago o cadastramentos de barramentos privados. “Nós estamos estudando o cadastramento destes barramentos, um total de quase 70 privados, determinando a Saneago que promova contratos com os proprietários rurais para verificar a vazão de fundo, a descarga lateral, como a vazão pode colaborar na bacia”, afirmou a secretária.

Nos últimos seis meses, o maior nível de vazão no ponto de captação de água no Bairro da Vitória, foi em 18 de maio, em 13 mil litros por segundo. O menor índice registrado foi no dia 23 de setembro, quando a vazão ficou em 1,2 mil litros por segundo. Com um maior volume de chuvas, é esperado que o Meia Ponte consolide uma vazão acima do nível crítico 1, estabelecido para a partir de 4,3 mil litros por segundo.

Abastecimento

O presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, explicou que outra meta é de melhorar a distribuição de água oriunda da Barragem do Ribeirão João Leite, a partir da Estação de Tratamento Mauro Borges. Todos os chamados “linhões” entre Goiânia e Aparecida, deverão ficar prontos em até 18 meses.

“As obras previstas de distribuição da água do Mauro Borges, todas estão em licitação. São obras bastante complexas, são adutoras de grande calibre, não são simples de construir, vão atender a parte sul de Goiânia e boa parte de Aparecida. São obras já previstas. Todas estão licitadas ou com contratos já assinados, ou que serão assinados em poucos dias. Isso leva em breve, para o ano que vem, vamos fazer melhorias no sistema”, afirmou o presidente da Saneago.

Samuel Straiotto

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