Categorias: Notícias do Estado

Governo eleva teto do crédito imobiliário com FGTS a R$ 1,5 mi

BERNARDO CARAM, MARIANA CARNEIRO E MAELI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em uma série de medidas de estímulo à construção civil, o governo flexibilizou as regras para empréstimo imobiliário pelos bancos e elevou o limite de valor dos financiamentos de imóveis que permitem o uso de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

As mudanças, que entram em vigor em janeiro de 2019, injetarão cerca de R$ 80 bilhões no setor em seis anos.

A decisão foi tomada em reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) nesta terça-feira (31), mesma data em que a Caixa anunciou redução de juros para crédito imobiliário direcionado a empresas.

Anunciados a poucos meses da eleição presidencial, os incentivos são uma tentativa de reavivar a construção civil, cujo PIB (Produto Interno Bruto) caiu 5% no ano passado, o maior tombo entre todos os setores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A forte queda se refletiu em recuo da mão de obra ocupada e crédito no setor, com o fechamento de mais de 30,1 mil vagas com carteira e queda de quase 4% nos financiamentos a pessoas físicas nos últimos 12 meses.

No caso dos financiamentos imobiliários a empresas, esse recuo ainda ultrapassa os 40%, de acordo com dados do Banco Central.

Segundo informou a autoridade monetária, o teto do imóvel financiado dentro do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) vai subir de R$ 950 mil, valor válido hoje para compradores de imóveis em São Paulo, Minas Gerais, Rio e Distrito Federal, para R$ 1,5 milhão em todos os estados do país.

A decisão reedita uma medida de caráter temporário tomada entre fevereiro e dezembro do ano passado.

Agora, o novo valor não terá prazo para acabar.

O limite máximo dos juros das operações enquadradas nas regras do SFH é de 12% ao ano, com atualização pela TR (Taxa Referencial).

O sistema regula a maioria dos financiamentos imobiliários no Brasil e usa recursos do FGTS ou da poupança.

Para usar os recursos que acumulou em sua conta do Fundo, o comprador de um imóvel adere automaticamente ao sistema.

Outra mudança anunciada pelo CMN foi a flexibilização do uso, pelos bancos, dos recursos captados da poupança para financiamentos imobiliários.

Hoje, os bancos são obrigados a direcionar 65% desses recursos para crédito imobiliário. Dessa fatia, 80% precisam ser de financiamentos do SFH.

Com a nova regra, os 80% obrigatórios para o sistema de habitação deixam de existir. Caberá ao banco decidir se quer ofertar financiamentos desse tipo e em qual montante.

Nesse caso, se não optar pelo SFH, não haverá necessidade de cumprir o limite máximo de taxas de juros, que serão livremente praticadas, até mesmo com indexadores diferentes da TR, como os índices de preços.

Também não será preciso respeitar o limite de R$ 1,5 milhão para os financiamentos.

De acordo com o diretor de regulação do Banco Central, Otávio Damaso, retirar o limite máximo de juros que poderá ser cobrado do consumidor não deve aumentar as taxas finais.

“As instituições financeiras já estão praticando taxas bem menores do que TR mais 12%. As condições de mercado hoje não sugerem que [a taxa] suba”, disse.

Antes da decisão, parte dos recursos da poupança era direcionada pelos bancos a aplicações financeiras derivadas de crédito imobiliário, como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e CRI (Certificado de Crédito Imobiliário).

Agora, tudo se transformará em crédito imobiliário propriamente dito.

“Essa é a medida que vai liberar mais recursos para o setor imobiliário”, afirmou José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

“Para os construtores, crédito da poupança é um recurso mais barato do que outros tipos de financiamento imobiliário, como LCI [Letra de Crédito Imobiliário] e CRI [Certificado de Crédito Imobiliário”, disse Martins.

Em outra norma, o conselho monetário alterou regras com o objetivo de incentivar o financiamento de imóveis de menor valor.

Em empréstimos destinados à compra de imóveis de até R$ 500 mil, os bancos poderão multiplicar o valor financiado em 1,2 na hora de contabilizar o montante que foi direcionado para financiamentos habitacionais.

Na prática, essa permissão fará com que os bancos cumpram com maior facilidade o mínimo que são obrigados a aplicar nesses empréstimos imobiliários.

Diario de Goiás

Notícias Recentes

Debate de candidatos à prefeitura de Goiânia da TV Brasil Central acontece na segunda (21); confira participantes

O segundo debate de candidatos à Prefeitura de Goiânia acontecerá na próxima segunda-feira (19), promovido…

16/08/2024

General Santos Filho comunica afastamento da GOINFRA

O presidente da GOINFRA, general Antônio Leite dos Santos Filho, reuniu os funcionários do órgão…

16/08/2024

Sandro Mabel e Leandro Vilela promovem, neste sábado (17), carreata na divisa de Goiânia e Aparecida

Os candidatos às prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia, pela base governista, Sandro Mabel…

16/08/2024

Temperaturas voltam a subir em Goiás, com máximas de até 38ºC; confira previsão do tempo

Após dias de temperaturas mais frias e amenas no estado, provocadas pela chega de uma…

16/08/2024

Campanha de Alcides, em Aparecida, tem início neste sábado (17) com caminhada no Jardim Tiradentes

Na disputa pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia, o deputado federal Professor Alcides (PL) lança…

16/08/2024

Campanhas eleitorais começam nesta sexta (16); veja o que é permitido

A partir desta sexta-feira (16), inicia o período oficial de campanhas eleitorais para os cargos…

16/08/2024