Guedes, Bolsonaro e Roberto Campos Neto: medidas visam manter empregos. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
O governo federal anunciou no fim da manhã desta sexta-feira (27) uma linha de crédito de R$ 40 bilhões para financiar salários de empregados de pequenas e médias empresas em até dois meses. São R$ 20 bilhões para cada mês.
Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, 85% dos recursos sairão do Tesouro e outros 15% de bancos privados. As empresas que acessarem as linhas de crédito não poderão demitir trabalhadores. A estimativa é que elas estejam disponíveis em até duas semanas.
Os valores pagos por empregado não poderão superar o equivalente a dois salários mínimos. Portanto, caso o funcionário ganhe três salários mínimos, os rendimentos serão reduzidos para se enquadrar às normas.
As empresas beneficiadas devem ter faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. Os juros cobrados pelas linhas de crédito serão de 3,75% ao ano. Os empresários que contratarem as linhas de crédito terão até 36 meses de carência e até 36 meses para pagar o financiamento.
Campos Neto também garantiu que o grupo, formado por Banco do Brasil, Caixa, BC e governo federal, discute medidas para microempresas e trabalhadores informais.
Cheque especial
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou que a taxa de juros do cheque especial foi reduzida de 14% a 2,9%. Ele admitiu que o valor ainda é elevado, mas, em nome da segurança da empresa, a taxa não poderia baixar ainda mais.