O ano novo mal começou para os deputados na Assembleia Legislativa de Goiás e os velhos problemas já voltaram à tona. Na sessão ordinária desta quinta-feira, 20, o deputado José Vitti (PSDB) usou a tribuna para retomar um antigo desgaste entre os parlamentares goianos e os secretários do governo de Marconi Perillo (PSDB).

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Apesar da reforma administrativa, que exonerou todos os representantes de pastas que cogitam disputar eleição, as reclamações continuaram.

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“As mudanças representaram um retrocesso para o diálogo entre os poderes. Retornamos à estaca zero. O que vínhamos reclamando há muito tempo chegou a melhorar, mas os que melhoraram saíram. O que vemos hoje é que algum secretários, quando assumem o cargo, se comportam como o próprio governador”, ressaltou Vitti.

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Em 2012, o então presidente da Casa, hoje prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), chegou a sugerir a obrigação de que as secretarias fossem direcionadas para pessoas que já tivessem passado por uma eleição. José Vitti reforçou a tese.

“Eles não sabem da dificuldade de se conquistar um voto. Muitos nunca disputaram uma eleição. Isso faz com que também desconheçam a importância do trabalho legislativo. Quando procuramos um secretario é porque temos uma demanda importante”, frisou.

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O deputado oposicionista Simeyzon Silveira (PSC), também deu publicidade a sua insatisfação e foi além:

“O Parlamento continua agachado para o Poder Executivo. Eles não nos recebem, não atendem nossos pedidos. É um verdadeiro descaso”, afirmou.

Durante o ano passado as críticas foram intensas. Marconi Perillo antecipou sua reforma para acalmar os ânimos entre os deputados, que temiam também injustiças na preparação para disputa.

A justificativa, na época, era de que nos eventos de entrega de benefícios do governo estadual, os secretários chefiavam comitivas e não convidavam os deputados.

Agora a reclamação é outra, mas com o mesmo foco eleitoral. “Temos que atender nossas bases, nossos eleitores. Apenas 41 nomes chegam até aqui, não é fácil”, finalizou.

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