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Governadores do Nordeste pedem moderação nos cortes

 

Brasília – Governadores do Nordeste, principal reduto do PT, se encontram nesta quarta-feira, 25, no Palácio do Planalto, com a presidente Dilma Rousseff para pedir a manutenção de investimentos em obras, a liberação de crédito subsidiado e a regulamentação do novo indexador das dívidas de Estados e municípios. Os três itens contrariam a política de ajuste fiscal em curso pelo governo.

“O Brasil não pode fechar todas as torneiras e achar que só o superávit importa. Isso pode causar desemprego que, somado à inflação que já está aí, pode ser fatal para os brasileiros”, disse o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), aliado de Dilma.

Entre as pautas que devem ser apresentadas no encontro, segundo o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), está o atraso na regulamentação do indexador das dívidas de Estados e municípios, queixa de outros aliados de Dilma, como o prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) e o carioca Eduardo Paes (PMDB). A presidente e a equipe econômica têm adiado aplicar a regra para não prejudicar o ajuste fiscal. “Não é uma demanda só minha, mas de vários Estados que estão com dívida”, afirmou Renan Filho.

A presidente sabe que os governadores entregarão uma longa lista de exigências e que não terá condições de atender à maioria dos pedidos. Mesmo assim, aceitou recebê-los para fazer um gesto ao Nordeste, onde tem, proporcionalmente, a maior parcela de eleitores. Neste momento de insatisfação com o governo, a avaliação no Planalto é de que Dilma precisa de uma agenda positiva para estancar a perda de popularidade, em especial na região que garantiu vitórias eleitorais ao PT.

O governador potiguar Robinson Farias (PSD) afirmou que pretende se queixar sobre a redução do Fundo de Participação dos Estados. “O impacto é muito grande principalmente na folha de pagamento, área em que o governo tem que colher os centavos para deixar as contas em dia.

Carta

Em dezembro, os nove governadores eleitos da região assinaram a “Carta da Paraíba”, com 15 exigências comuns. Com a nova conjuntura, chefes de Executivos estaduais disseram ao Estado que aceitariam rediscutir em parte as demandas. Entretanto, as prioridades que destacam como inadiáveis não aliviam a pressão sobre os gastos federais.

A principal preocupação é que a redução de investimentos federais e a liberação de crédito subsidiado gere desemprego na região. Além do impacto social e econômico, as demissões podem ter alto custo político nas eleições municipais de 2016.

Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) destaca preocupação com obras do PAC e com a Refinaria Abreu e Lima, um dos focos das investigações sobre corrupção na Petrobras. “Obras importantes não podem passar por contingenciamento. É preciso mantermos um pouco a condição de investir, principalmente para garantir a questão do emprego.”

O baiano Rui Costa (PT) disse que a ideia não é colocar “a faca no pescoço da presidente”, mas ratificar a necessidade de manter a política de desenvolvimento regional e de distribuição de renda no Nordeste.

Para Coutinho, “todos têm o compromisso com o equilíbrio fiscal, mas não se pode dar uma dose cavalar de um remédio a ponto de matar o paciente”, concluiu o governador paraibano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Estadão Conteúdo)

Marcley Matos

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