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Categorias: Informativo
| Em 8 anos atrás

Governador mais interativo do Brasil, Marconi faz último Papo com Governador de 2016 e presta contas da administração

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O governador Marconi Perillo promoveu nesta segunda-feira o último Papo com o Governador de 2016, em que respondeu, em detalhes, a todos os questionamentos feitos pelos internautas sobre o desempenho do Governo de Goiás no ano, marcado pela crise e pelo ajuste fiscal, mas também pela capacidade do governo do Estado de manter a folha dos servidores, os serviços, os investimentos e os programas sociais em dia. Com a sequência de conversas com os internautas por meio das redes sociais, Marconi se consolidou, nos dois primeiros anos de seu quarto mandato, como o governador mais interativo do Brasil.

Primeiro governador do Brasil a utilizar conversas ao vivo no Facebook, ele falou sobre questões relacionadas à privatização da Celg, Segurança Pública, implantação das OSs nas escolas, colégios militares, perspectivas econômicas para 2017 e sobre as manifestações ocorridas ontem pelo Brasil. A Educação foi um dos assuntos sobre os quais Marconi mais falou durante os 30 minutos de bate-papo.

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Ao comentar a expansão dos colégios militares em Goiás, afirmou que a demanda tem sido um clamor da grande maioria dos prefeitos eleitos, que têm participado da série de reuniões em Goiânia. “Todas as cidades querem colégios militares porque os filhos aprendem mais, porque há disciplina, hierarquia, respeito aos princípios, valores que os cidadãos precisam aprender na escola”, ressaltou.

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Disse ainda que orientou os gestores que tomarão posse em 2017 para que, antes de pedir que um colégio militar seja instalado no município, que o pedido esteja respaldado em abaixo-assinados. “E eu tenho pedido aos prefeitos que tragam abaixo-assinados dos pais, alunos, promotores, juízes, a sociedade organizada; porque fica parecendo que eu que quero impor um determinado conceito de ensino. Mas não é isso. Quem pede são as pessoas do Estado inteiro porque todo mundo quer uma boa escola para o seu filho”, informou.

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 Segundo a pesquisa Eureka, Marconi – que tem ao todo mais de 350 mil seguidores na internet – modernizou sua linguagem na internet. O governador fez do contato direto com os internautas parte de sua ação administrativa. Além do Papo com o Governador, ele tira dúvidas e esclarece os seguidores do Governo de Goiás por meio do quadro Você Pergunta, o Governador Responde e, diariamente, presta contas em suas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram). 

Confira a íntegra do Bate Papo com Governador:

“Venda da Celg revelou volta da confiança no Brasil”

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“Em primeiro lugar, é preciso falar da importância e do sucesso desse leilão da Celg Distribuição. Ele superou todas as nossas expectativas. O ágil foi de 28%, R$ 400 milhões a mais do que o preço do edital. Isso, na minha opinião, além da importância estratégica para Goiás, também revelou a volta da confiança no Brasil. Uma empresa como a ENEL, que é uma das maiores de energia do mundo, um dos gigantes do mundo, é uma demonstração de que o setor produtivo mundial, os grandes conglomerados e as multinacionais volta a acreditar no país. Na minha opinião, foi uma demonstração de confiança.

Agora, o mais importante é que nessa operação foram envolvidos aproximadamente R$ 8 bilhões, além dos quase R$ 2,2 bilhões que a ENEL pagará pelo arremate da Celg, ela pagará R$ 4 bilhões em dívidas da empresa e ainda vai investir cerca de R$ 2 bilhões ao longo de dois anos. Ou seja, o Governo de Goiás terá para investimento R$ 1,1 bilhão por conta da metade das ações e outros R$ 2 bilhões vão ser investidos na melhoria do sistema de energia de Goiás pela empresa que comprou a Celg. Eu não tenho dúvida de que será muito bom para o consumidor, para o cidadão, para as empresas que estão esperando a construção de mais subestações para atender as novas demandas de indústrias, do agronegócio, serviços, comércio e, principalmente, para melhorar a energia nas residências.

“Investimentos tornarão a Celg uma das melhores do País”

À medida que se faz um investimento de R$ 2 bilhões, fica bem mais distante a possibilidade de termos apagões ou eletrodomésticos queimados. Esses investimentos vão ser fundamentais para que a Celg seja uma das melhores distribuidoras de energia do país. Então, foi um negócio bom para todo mundo. Nós comemoramos porque eu não tenho dúvidas de que todos vão ver a melhoria daqui para frente.

E não haverá aumento de tarifa, pois esses aumentos são definidos anualmente pela ANEEL, que é a Agência Nacional de Energia Elétrica, e isso vale para quem é público e quem é privado. Sobre o início do trabalho, eu acho que eles devem começar em janeiro. Eles têm um prazo de transição. Agora no dia 8 vou receber o presidente da ENEL com sua diretoria e vamos começar as tratativas formais para a vinda deles para o Brasil e para Goiás.

“Em Goiás, [sobre a projeção para 2017] a situação é um pouco diferente do restante do Brasil”

Eu tive a oportunidade de conversar com muitos economistas, dentre eles Pérsio Arida, que é um dos mais respeitados do país e foi um dos formuladores do Plano Real. Além de ter conversado com outros economistas importantes, eu estava com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito eleito João Doria, e nós conversamos sobre vários assuntos. Mas a percepção que se tem é que a economia do Brasil vai crescer no ano que vem em torno de 1%. Segundo esses economistas, esse crescimento de 1% não significa empregos. Pode ser até que a gente tenha um pouco mais de perda de empregos no ano que vem.

Para se ter empregos novos e para agregar quem está chegando no mercado, é preciso crescer pelo menos 1,5% todos os anos, porque a cada ano são agregados 0,75% de pessoas no mercado de trabalho. É preciso que se tenha o dobro de crescimento para que as pessoas sejam atendidas com empregos. E se a gente crescer um pouco mais, o Brasil começa a atender as pessoas que estão hoje desempregadas. Mas, se as reformas não forem feitas, dificilmente o Brasil terá condições de ter um desempenho melhor. A opinião deles é que já dá para baixar juros, mas é preciso reduzir os juros de forma sustentável. E a melhor maneira para a gente começar um ciclo virtuoso é reduzindo juros. Por outro lado, as reformas são fundamentais, principalmente a aprovação da PEC do teto dos gastos e aprovação da Reforma da Previdência. Com essas providências, o Brasil pode começar a melhorar economicamente. Aqui em Goiás e no Centro-Oeste, a situação é um pouco diferente.

Nós temos tido um bom desempenho nos empregos. Nesse ano, nós figuramos até o nono mês em primeiro lugar na geração de empregos, agora ficamos em segundo lugar. Ou seja, tivemos um desempenho muito melhor que no Brasil. Mas, de qualquer maneira, um desempenho muito aquém do que o Estado de Goiás estava acostumado ater a crise começar em 2014. Do ponto de vista do Governo, nós fizemos todos os ajustes que eram necessários até agora e ainda faremos mais ajustes estruturantes para que o Estado de Goiás tenha condições de cumprir com suas obrigações e também de fazer investimentos.

É preciso fazer reformas para gastar menos com a máquina e mais com a população através de obras, de investimentos e, principalmente, investimentos sociais, em saúde, educação, moradia. Essa é a meta para os próximos dois anos.

“As estatísticas não mentem. Reduzimos os homicídios em Goiânia e no Estado”

Além de perceber a diferença depois de todas as ações adotadas pelo vice-governador José Eliton na Segurança Pública, também existem os números, as estatísticas. E as estatísticas não mentem. Nós tivemos uma redução muito significativa de homicídios em Goiânia, no Estado, e melhoria em uma série de outras estatísticas. Isso tudo foi feito por conta de uma grande ação coordenada pelo vice-governador e pela equipe muito boa que ele soube montar. Aliás, nós já estávamos vindo com políticas muito bem alicerçadas desde as gestões do secretário João Furtado e do secretário Joaquim Mesquita. O secretário José Eliton montou uma equipe muito boa e coordenou a consolidação dessas medidas.

Agora, nós estamos colhendo bons frutos. O vice-governador vai ficar até o fim do ano como secretário de Segurança Pública, depois ele volta à sua função de vice-governador e terá a incumbência de me ajudar a realizar os convênios e as parcerias com os municípios e também a definir o planejamento para os novos investimentos que vão ser feitos com os recursos da Celg e também com outros recursos. De qualquer maneira, muitas medidas foram tomadas. Estatísticas mostram que houve redução em vários índices de criminalidade, principalmente em relação a homicídios.

“[José Eliton] conseguiu juntar 16 secretários de segurança em um pacto de cooperação interestadual”

O vice-governador protagonizou também o Pacto Pela Vida, que teve meu apoio. Conseguiu juntar 16 secretários de segurança em um pacto de cooperação interestadual e, nós dois, chamamos a atenção do Brasil para um debate fundamental que é financiamento federal para a Segurança Pública. Já que hoje só os governadores são responsáveis pelas políticas de segurança do cidadão, a questão da utilização do Fundo Penitenciário Nacional para a construção de presídios. Hoje, este Fundo, que é bilionário, é usado para a formação do superávit primário e, graças à nossa mobilização, o Supremo Tribunal Federal já determinou que estes recursos sejam descontingenciados e utilizados para sua finalidade, que é a construção de mais presídios – especialmente de segurança máxima.

Também lançamos o desafio da constitucionalização dos recursos para a Segurança Pública. Hoje, os estados e municípios são obrigados a gastar nas áreas de Educação e Saúde, mas não na Área da Segurança. Nós temos defendido que União, estados e municípios sejam obrigados a colocar dinheiro em Segurança. Para termos mais condições de realizarmos políticas na área de inteligência policial, contratando mais câmeras, mais viaturas, mais policiais.

E um outro debate que tem sido feito em relação às fronteiras. Nós tratamos disso permanentemente com o ministro Alexandre, da Justiça, e com o presidente da República no Fórum dos Governadores e no Fórum de Secretários, para definir uma política duríssima para evitar a entrada de drogas nas fronteiras do Brasil com países vizinhos, que são produtores de drogas, como cocaína, maconha, crack.

“Defendemos que as Forças Armadas e Polícia Federal estejam mais presentes nas fronteiras” 

As fronteiras estão praticamente abertas. A defesa nossa é que além do apoio dos governos estaduais com as nossas polícias, as Forças Armadas e a Polícia Federal também estejam mais presentes nessas áreas de fronteiras para coibir o tráfico de armas e o tráfico de drogas. Eu defendo, inclusive, que diplomaticamente o Itamaraty, que é o Ministério das Relações Exteriores, crie uma política de endurecimento em relação aos países que permitem a produção e o envio de drogas para o Brasil.

Nós emprestamos dinheiro para esses países todos – nós que eu digo, o Governo Federal, para fazer pontes, portos, estradas etc. Então, se o Governo Federal tomar iniciativa e dizer ‘Olha, se não pararem de estimular o envio de drogas para o Brasil não tem mais empréstimo, e as parcelas que ainda não foram pagas, também não irão.’

 De repente, se a gente toma esse tipo de iniciativa, vamos ter menos drogas no País. E se tivermos menos drogas, teremos menos crimes e menos violência. Afinal de contas, 80% dos crimes no Brasil ocorrem em função – ou em consequência – de alguma coisa relacionada às drogas e ao contrabando de armas: brigas de traficantes, usuários, enfim. Se diminuirmos a entrada de drogas no País, com certeza vamos ter melhorias na área de Segurança, sensação de medo e também economia na área da Saúde.

“[Sobre as OSs na Educação], a grande preocupação é com a melhoria do aprendizado”

Estamos começando agora a primeira experiência com 23 escolas na subsecretaria de Anápolis. Não tenho dúvida que teremos sucesso. E o que é ter sucesso em uma área como a Educação? É ver os alunos aprendendo mais, aprendendo melhor a língua portuguesa, operações matemáticas, ciências, física, química, biologia. Se preparando e se qualificando para os melhores vestibulares, se preparando para as melhores universidades e para os melhores empregos.

Essa é a meta nossa: melhorar os nossos indicadores acima da média do Brasil. Não importa o instrumento. A escola vai continuar pública, os professores vão continuar sendo pagos pelo governo do Estado, as políticas e as diretrizes continuarão a ser dadas pela Secretaria de Educação. Agora, nós teremos pessoas competentes, profissionais, para a gestão das escolas, para a manutenção física das escolas, para a contratação de professores, e que vão ter que cumprir metas. E a principal meta é a melhoria dos indicadores, a melhoria na qualidade, a melhoria no aprendizado.

Estou muito consciente de que isso é possível, independentemente da briga ideológica daqueles que muitas vezes não querem ver uma mudança boa acontecer porque isso poderia trazer prejuízo ao sindicato. Eu estou preocupado com o aluno, com as famílias dos alunos, porque eles são a geração do futuro. Se os alunos nossos hoje tiverem um melhor aprendizado, se a Educação melhorar no Brasil, o Brasil vai para frente. Não podemos ficar entre os últimos países do mundo no quesito ‘Educação’.

Os salários e os gastos com Educação foram aumentados muito em relação ao PIB nos últimos 20 anos. Só que o nível da Educação não melhorou. Alguma coisa está errada. E a grande preocupação que eu tenho, que a secretária Raquel tem, que nossa equipe tem é que os recursos sejam utilizados e que os resultados venham com a melhoria do aprendizado, das notas e dos indicadores. Vamos começar a chamar outras regionais, mas estamos agora, nesse momento, vendo os resultados dessa primeira OS. Eu tenho certeza que quando nós tivermos melhores resultados e eles forem muito bons, todo mundo vai querer ter OSs em suas regionais, como querem hoje os colégios militares.

“Colégios militares são um clamor dos prefeitos eleitos”

Muitas vezes alguns radicais extremistas me criticam por ter levado colégios militares a determinadas cidades ou a determinadas regiões da Capital. Eu sempre tive a convicção de que disciplina, hierarquia, valores são importantes com base para qualquer sociedade. Mas a dedicação nesses colégios militares é muito grande.

O problema não é que eu queira levar colégio militar. A maior demanda que eu tenho recebido nas audiências com os prefeitos, vereadores, deputados e lideranças classistas tem sido colégios militares. Todas as cidades querem colégios militares porque os filhos aprendem mais, porque há disciplina, hierarquia, respeito aos princípios, valores que os cidadãos precisam aprender na escola.

E eu tenho pedido aos prefeitos que tragam abaixo-assinados dos pais, alunos, promotores, juízes, a sociedade organizada; porque fica parecendo que eu que quero impor um determinado conceito de ensino. Mas não é isso. Quem pede são as pessoas do Estado inteiro porque todo mundo quer uma boa escola para o seu filho. E quando os resultados são bons todos querem levar seus filhos para essas escolas. Eu tenho certeza. Eu tenho certeza de quem tiver uma boa experiência de OS todas as outras regionais vão pedir também, porque o nosso objetivo é um só, melhorar a educação para que o filho do trabalhador tenha oportunidade, igualdade. Democratizar a oportunidade, o acesso a uma educação de qualidade.

O dinheiro é do Estado. Ou seja, do povo, que paga os impostos. Agora, o dever do Estado é propiciar aos alunos um bom aprendizado. E essa é a nossa determinação.

“Três ministros vieram conhecer o Conecta SUS e nove governadores visitaram nossos hospitais”

Em uma semana o nosso Conecta SUS, da Secretaria Estadual de Saúde recebeu a visita de três ministros. O ministro da Saúde veio no domingo passado. Depois, na terça-feira, veio o ministro do Desenvolvimento Social. Depois no final de semana veio a ministra advogada-geral da União. E hoje o ministro da Saúde voltou aqui com a equipe dele inteira, vai passar três horas no Conecta SUS para levar toda a expertise e experiência nossa nessa área do Conecta SUS. O trabalho que nós estamos fazendo aqui já é hoje um trabalho que está sendo levado para os outros estados.

Nove governadores vieram aqui conhecer a experiência dos nossos hospitais; 21 secretários de Saúde já vieram aqui. Ontem o Zezé Di Camargo foi ao Credeq de Aparecida visitar e ficou emocionado com o que viu. Enfim, as nossas unidades de saúde são referências porque nós mudamos o conceito de gestão, melhoramos o atendimento, que passou a ser mais humanizado.

 Eu acabo de sair agora de uma cerimônia muito bonita, quando a Organização Nacional de Acreditação, que é uma espécie de ISO 2009 para a Saúde, para os hospitais; veio aqui entregar um certificado de ONA 3 para o Crer. A ONA 3 é a excelência na acreditação, na gestão. Eu fiquei muito orgulhoso porque nós temos quase três mil hospitais públicos no Brasil, e só 10 têm o certificado de excelência na gestão hospitalar. Em Goiás, nós já temos cinco hospitais acreditados. Já tínhamos o Crer, o HGG com o ONA 2, o Hurso com o ONA também, o HDT com o ONA 1, o Hugo1 acaba de receber esse reconhecimento, e na semana que vem nós vamos receber o certificado de acreditação para Hugo. Os demais hospitais estão na fila para também serem acreditados.

 Ou seja, não sou eu quem está dizendo. Quem está demonstrando, aferindo a qualidade dos serviços que estamos prestando são instituições sérias e de fora. Isso me deixa feliz. Nós tomamos a decisão de que todas as unidades que estão sendo construídas também vão ser administradas por Organizações Sociais. Hoje quase todos os hospitais são geridos por OS e nós estamos fiscalizando, cobrando o cumprimento das metas. E resolvemos entregar a quem entende de gestão a administração de hospitais que podem salvar vidas, ou podem deixar as pessoas morrerem por falta de equipamentos, de insumo, de qualidade.

“Presidente Temer tem habilidade para vencer a crise”

 O Brasil está passando por uma travessia. As crises políticas são crises que precisam ser inventadas e vencidas. Eu acho que o presidente Temer tem habilidade para isso. Essas crises envolvendo instituições, como o Ministério Público, a Magistratura, o Congresso Nacional, são crises fruto da democracia. Existem opiniões em relação ao abuso de autoridade de um lado; existem opiniões de outro lado.

 Isso tudo precisa ser debatido e decidido democraticamente. É preciso que a tolerância prevaleça no Brasil, em minha opinião. Eu já tenho uma larga experiência de quase 30 anos exercendo funções públicas, e procuro fazer as coisas com correção, mas acho que o valor mais importante que nós temos no país é a democracia.

 A democracia nossa permitiu dois impeachments; permitiu a eleição de vários presidentes; tem permitido o fortalecimento das instituições como o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre. Então, acho que esse momento político precisa ser superado. Os debates vão continuar, as manifestações também; mas as crises políticas, especialmente envolvendo as instituições nacionais, precisam dar lugar a um debate construtivo, para que o país saiba o atoleiro em que se encontra da forma mais rápida possível. E em minha opinião, outro debate fundamental nesse momento é o debate das reformas e em relação à retomada do crescimento do país.

 As redes sociais trazem muitos benefícios porque elas colocaram todo mundo para conversar com todo mundo instantaneamente. Mas elas acabam também colocando as pessoas muito impacientes, às vezes muito céticas. O Brasil está passando por uma travessia. O ex- presidente Fernando Henrique disse recentemente que nós estamos atravessando uma pinguela vulnerável que, se quebrar, todo mundo cai no abismo. A primeira providência que o Brasil tem que tomar e está tomando é concertar a economia.

 O presidente Temer nomeou uma equipe muito competente, e nós todos estamos torcendo para que as coisas deem certo, porque se as coisas na economia não derem certo nós vamos continuar com 20 milhões de desempregados, com os juros altos. Vamos continuar com tantos problemas com os quais nós convivemos até aqui. Se melhorarem, se as taxas de juros começarem a cair, nós vamos começar um novo ciclo virtuoso, de mais possibilidades, de mais ânimo, de mais condições para que as pessoas possam viver melhor.

“Os que vêm de fora percebem a extraordinária mudança positiva que aconteceu em Goiás”

 É bom registrar que esses comentários e perguntas que vocês fazem serão todos respondidos. Eu gosto de eu mesmo ver as coisas, porque tenho, graças a Deus, uma cabeça boa, me lembro das coisas. E como estou no dia a dia desse comando, desse navio que é o governo do Estado, eu gosto de eu mesmo ver as perguntas para poder orientar as respostas com as informações que eu tenho, ou pedir informações aos secretários e auxiliares. Quero desejar a todos vocês um 2016 melhor.

 Esse ano foi um ano muito difícil. Tivemos crises institucionais muito fortes e mudanças muito fortes no Brasil. Espero que ano que vem seja um ano melhor para a economia e para a vida das pessoas. E também um ano melhor na relação entre as instituições. Da minha parte vou continuar aqui trabalhando para fazer reformas estruturantes para poder garantir ao estado de Goiás condições para que ele possa crescer cada vez mais acima da média brasileira; e com isso gerar prosperidade, gerar melhores condições de vida, conforto e prosperidade às famílias goianas.

 Todo mundo que conheceu Goiás há 20 anos e conhece hoje percebe, especialmente os que vêm de fora, a extraordinária mudança positiva que aconteceu em Goiás em todos os aspectos. E quero, enquanto for governador, continuar liderando essas mudanças que são tão benéficas aos olhos de quem vive aqui, e aos de quem vive fora. Muito obrigado a vocês todos. Um Feliz Natal e um bom Ano Novo!”

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