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Governador anuncia medidas para amenizar demissões da Votorantim, em Niquelândia

O governador Marconi Perillo se reuniu com representantes do Grupo Votorantim Metais, que tem empresa em Niquelândia, nesta segunda-feira (25), para anunciar medidas do governo estadual que visam amenizar as demissões da mineradora na semana passada.

De acordo com o governador, a partir de agora serão priorizadas as obras em execução na região do Norte de Goiás. Também será liderado um programa de requalificação de mão-de-obra e gestão empresarial, para capacitar os trabalhadores demitidos.

Os representantes da empresa disseram, durante a reunião, que serão mantidos 150 dos 900 funcionários empregados para que seja feita a manutenção da planta da indústria. Aproximadamente 200 funcionários serão desligados e poderão ser remanejados para outras operações do Grupo, como a fábrica de cimento inaugurada recentemente em Edealina.

A empresa também afirmou que manterá os programas sociais desenvolvidos na área da saúde e educação na região. O presidente da Votorantim Metais, Tito Martins, explicou que a suspensão se deu por “fatores econômicos”.

“A queda do preço da commodity no mercado internacional é a principal razão para termos tomado esta decisão. O custo da produção hoje é de 9,5 mil dólares por tonelada. A venda sai por 8,5 mil dólares por tonelada. Para uma atividade sustentável, só haveria equilíbrio se pudesse ser vendida a 12 mil dólares a tonelada. Mais de 80% do mercado de níquel do mundo está debaixo d’água hoje por conta dessa queda”, disse.

O presidente garantiu que assim que o mercado retomar o ritmo, a empresa voltará a operar em Niquelândia. “Não queremos perder o nosso know-how construído durante anos”, afirmou. As atividades serão encerradas no dia 1º de fevereiro. As atividades produtivas serão suspensas em maio.

Em relação à qualificação dos trabalhadores desligados da mineradora, o secretário de Meio Ambiente e Infraestrutura, Vilmar Rocha, explicou que será formado um grupo pelo Banco do Povo, Goiás Fomento, Sebrae, Faeg e Fieg.

“Os trabalhadores a serem desligados terão recursos em mãos da rescisão trabalhista. Vamos orientar e qualificar esses trabalhadores para que realizem investimentos e, com isso, continuem inseridos no mercado de trabalho. O agronegócio é uma das alternativas. Estamos criando um conjunto de iniciativas para mitigar os efeitos dessa decisão”.

O prefeito de Niquelândia, Luiz Teixeira, também ressaltou que as medidas para amenizar as demissões serão tomadas pelo governo estadual em parceria com a administração municipal. “Ações concretas vão ser tomadas de forma conjunta. Ficamos seguros, pois, em qualquer momento, com a melhora do preço do níquel, a empresa volta a operar”. 

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Thais Dutra

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