Categorias: Tecnologia

Google vende ideia de intimidade com usuários e ignora privacidade

Em sua conferência anual, a Google I/O, a companhia bate na tecla dos benefícios da inteligência artificial para os usuários e ignora as preocupações com privacidade que vêm gerando questionamentos de empresas de tecnologia.

No Android P, sucessor do Oreo, tudo é “adaptativo”. O consumo de bateria e o brilho da tela serão otimizados com base em como a pessoa usa o celular, como foi demonstrado pelo presidente do Google, Sundar Pichai, em apresentação nesta terça-feira (8).

Quer que seu celular avise caso você esteja passando tempo demais no YouTube? Há um recurso para isso, assim como um modo “wind down” (desacelere), para usar antes de dormir sem o risco de perder horas de sono acidentalmente.

Com o modo “não perturbe”, é possível silenciar notificações e chamadas de forma customizável. O celular não toca, mas uma função pode permitir que, se alguém ligar mais de uma vez, a chamada seja autorizada, reconhecendo uma emergência.

O evento é uma demonstração da força das experiências de aprendizado de máquina da empresa nos últimos anos, baseadas na coleta de um grande volume de dados. A tecnologia consiste em reconhecer padrões e saber responder a eles, e se estende também às fotos tiradas em smartphones.

O Google Lens, novidade do Oreo que permite usar fotos para reconhecer pessoas, lugares e objetos, virá em uma versão potencializada no Android P. Agora a câmera consegue digitalizar o texto de documentos instantaneamente.

Usando o Lens para fotografar o panfleto de uma festa, por exemplo, o usuário terá informações sobre o endereço, como a distância estimada de onde está. A ideia é eliminar as barreiras entre o mundo visual e o texto escrito, e, consequentemente, potencializar o algoritmo de busca do Google.

A coleta de dados irrestrita que possibilita que a inteligência artificial funcione a todo vapor gera preocupações com privacidade que levaram à aprovação do Regulamento Geral de Proteção de Dados na Europa, que permite que usuários optem por não ceder seus dados pessoais à companhia.

A regulação entra em vigor em 25 de maio deste ano, e, segundo uma pesquisa do Deutsche Bank, pode acarretar uma perda de até 2% da receita anual da empresa, que lucra com publicidade direcionada aos usuários.

Adotando uma postura amigável, a estratégia do Google é convencer os clientes de que a última coisa que eles querem é não participar do novo Android, que sabe tudo sobre você e até se preocupa com suas horas de sono.

Laura Santos Braga

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