O prefeito de Anápolis e pré-candidato a governador pelo PT, Antônio Gomide, não perde tempo. Tempo, aliás, é algo escasso para ele.
No dia 29, seu partido decide se banca sua candidatura ao governo ou fica à espera do aliado PMDB.
Aliado que, por sua vez, também não está tão à vontade. O partido teve seu tempo cortado pela agenda petista. Tinha até junho, data das convenções; agora, precisa se antecipar.
“Perder a aliança com o PT seria um dano irreparável”, avaliou o presidente estadual peemedebista, Samuel Belchior, em entrevista ao Diário de Goiás.
E, nesta corrida temporal, Gomide avançou.
Ontem, ele reuniu ex-candidatos a governador de seu partido e aproveitou para cobrar dos peemedebistas uma definição sobre qual será o nome para o governo: Júnior do Friboi ou Iris Rezende.
Na ocasião, capitalizou ainda o discurso de união no PT. “Eles têm dificuldade para afunilar as decisões. Não temos o mesmo problema. Estamos unidos”, disse.
O que ficou claro, até o momento, entre as alianças é o “não” já oficializado. Com Friboi, o PT não vai. Com Iris… “A conversa é outra”, antecipou o presidente nacional do partido, Rui Falcão. (LEIA MAIS AQUI)
Gomide também não esconde a preferência. Mudou as palavras de Rui Falcão e disse que recuaria por um candidato que representasse a “vontade do povo”.
O que faz a maior definição voltar para as mãos petistas. Iris tem maior afinidade com o PT; Friboi, não.
Iris não vai para as convenções. Friboi não abre mão da cabeça de chapa.
Iris aguarda a decisão de Gomide justamente para medir a sua força. Gomide, por seu lado, mostra que, em vez de esperar sentado, está em ação e motivado.
É um jogo de xadrez. Todos estão em xeque. Quem vai dar xeque-mate é que é a questão em aberto.