A administração de doses extra de vacinas contra a covid-19 vai começar na próxima semana, conforme anunciou o governador Ronaldo Caiado nesta quarta-feira (25). A afirmação de Caiado veio logo depois da confirmação do Ministério da Saúde de que idosos a partir de 70 anos e imunossuprimidos receberão uma dose de reforço a partir de 15 de setembro.
De acordo com Caiado, os idosos residentes em instituições de longa permanência serão os primeiros contemplados. Este grupo também foi o primeiro público-alvo da campanha de imunização contra o coronavírus, ao lado de profissionais de saúde que atuam no atendimento a pacientes com covid. A primeira vacinada do estado foi Maria Conceição da Silva, moradora do Abrigo dos Velhos, em Anápolis, no dia 18 de janeiro.
Depois, conforme escreveu o governador, a dose extra será aplicada em ordem decrescente de idade nos demais idosos.
Nesta quarta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a prioridade é aplicar o reforço com a vacina da Pfizer, mas ele também pode ser dado, em caso de desabastecimento, com as vacinas da AstraZeneca e da Janssen.
Ele também explicou que os imunossuprimidos poderão tomar o reforço depois de 21 dias da segunda dose. Para os idosos, o prazo é de seis meses.
Doses extra de vacinas já são aplicadas em países como Israel e Chile. Na nação do Oriente Médio, pesquisas preliminares mostram que uma terceira dose da Pfizer ofereceu proteção de cinco a seis vezes maior aos idosos a partir de 60 anos de idade em comparação com quem recebeu duas doses.
O Chile iniciou em agosto a campanha de reforço para aqueles com mais de 50 anos que foram vacinados com a CoronaVac. O país sul-americano imunizou 90% do público-alvo da campanha com pelo menos uma dose antes de passar à administração da dose extra.
Os Estados Unidos, que têm uma grande comunidade anti-vacina e, portanto, atingiram somente 60% da população na campanha, iniciarão a aplicação do reforço das vacinas da Moderna e da Pfizer em setembro. Para as vacinas da Janssen, ainda não houve essa determinação, uma vez que o prazo de administração delas naquele país é inferior a seis meses.