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Categorias: Esportes
| Em 6 anos atrás

Goiás vai ao mercado em busca de um novo treinador. Quem deverá assumir?

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A demissão de Maurício Barbieri anunciada oficialmente pela diretoria do Goiás após a finalíssima do Campeonato Goiano não é nenhuma surpresa. O desgaste do treinador com o elenco e até diretoria iniciou com a eliminação precoce do time na Copa do Brasil. O CRB era uma equipe que deveria ser respeitada, mas nem de longe considerada favorita. A eliminação nos pênaltis foi jogar um balde de água fria na campanha de Barbieri até então estava invicto (continuaria por algumas rodadas, tendo em vista que a eliminação aconteceu nos pênaltis).

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Mas de quê adianta tantas vitórias se na decisão a equipe treme? Barbieri teimou em escalar jogadores contestados e que não vinham apresentando lá suas melhores atuações. A torcida já vinha há algum tempo criticando as atuações de Sidão, Rafael Vaz e Marlone, apenas para citar alguns nomes. Não quê obrigatoriamente Barbieri tivesse que dar voz à torcida, mas claramente, os atletas não estavam rendendo o futebol de Série A que os torcedores quisessem ver.

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O cenário para a demissão estava armado. O dinamismo futebol não perdoa derrotas. Barbieri foi derrotado apenas quatro vezes ao longo de 20 jogos comandando o Goiás: não resistiu e foi catapultado de volta ao Rio de Janeiro.

As especulações se iniciam. O mercado está aberto. Torcedores sonham com um técnico tarimbado e que não seja uma promessa. Pedem alguém como Dorival Júnior comandando o time.

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No passado, o Goiás dormiu sonhando com Oswaldo de Oliveira e acordou com Cuca. Em 2003, a equipe estava fadada ao rebaixamento do Campeonato Brasileiro. A torcida queria alguém que fosse experiente para dar ao menos uma luz de reabilitação. Quando Cuca veio, desconhecido até então, os torcedores jogaram a toalha no canto e praticamente deram um adeus precoce a Série A, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário: uma série de 16 jogos seguidos sem perder. Até então, um recorde em se tratando de Campeonato Brasileiro. Por pouco, não veio a vaga para a Libertadores.

Em 2004, Goiás sonhava com Vanderlei Luxemburgo. Kajuru chegou a anuncia-lo no Verdão, em seu programa esportivo na Rede Bandeirantes. Pedro Goulart, então diretor de futebol do time foi a imprensa e disse que já havia acertado as bases de contrato e que o até então campeão brasileiro comandando o imbatível Cruzeiro de 2003, deveria assinar. A torcida foi ao êxtase com um “agora vai”, sonhou com Luxa mas acordou com Celso Roth. Com o técnico gaúcho o time terminou o Brasileirão na sexta posição.

A torcida esmeraldina está acostumada a sonhar com nomes tarimbados e acordar com promessas. O futebol está mudando e seu dinamismo também. Luxemburgo já não é mais o treinador de 2004. Cuca está no São Paulo e se tornou um dos melhores treinadores do país. A fórmula dos pontos corridos pode fazer com que conheçamos um time candidato ao rebaixamento logo nas primeiras rodadas. Seja lá quem for que pegará um time com focos de crise na diretoria e um elenco que não tem sequer uma fórmula tática bem definida, esse comandante não pode ser um estagiário ou um profissional que ainda está aprendendo. A diretoria terá de agir rápido. O fim da temporada parece distante, mas é logo ali e a torcida não quer saborear os amargores de uma Série B novamente.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.