Enquanto economia goiana lidera saldo positivo de postos de trabalho no primeiro semestre, mercados paulista e fluminense registram perdas de mais de 100 mil vagas cada
Os setores produtivos de Goiás e do Mato Grosso foram os únicos a contratar mais do que demitir no primeiro semestre deste ano. Mas a economia goiana teve saldo positivo três vezes superior à matogrossense, que registrou pouco mais de 5,7 mil empregos gerados entre janeiro e julho deste ano. Goiás alcançou, por sua vez, 16.614 vagas de trabalho criadas em no período.
Se para Goiás os dados do Caged são excelentes, todos os demais Estados e o Distrito Federal tiveram redução no nível de emprego (veja na tabela abaixo). São Paulo, a maior economia do País, registrou recuo de 137.634 postos de trabalho. Isso significa que mais trabalhadores foram demitidos do que contratados.
O Rio de Janeiro, apesar da geração de empregos promovida pelas Olimpíadas, acumulou um saldo negativo de -104.818 empregos, enquanto Pernambuco, que ocupa 8ª posição do ranking dos maiores PIB dos País, à frente de Goiás, apresentou queda de 52.717 vagas.
Em Goiás, foram abertos 16.614 postos de trabalho no mercado formal de janeiro a junho de 2016 (resultado 1,37% maior que no mesmo período de 2015). O número é quase três vezes maior que o do segundo colocado, o Mato Grosso, que encerrou o período com 5.730 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS)
Ao comemorar os números, o governador Marconi Perillo afirmou que os avanços só foram possíveis devido às “sólidas parcerias” do governo com a iniciativa privada. Segundo ele, a “sintonia fina” permitiu a criação de um ambiente favorável ao crescimento econômico, mesmo em meio à maior crise da história do País. Marconi também ressalta que Goiás está preparado para ser o primeiro Estado brasileiro a sair definitivamente da crise. “Contra números não há argumentos. Temos condições de vislumbrar um horizonte auspicioso”, avaliou.
Dez Estados perderam mais de 15 empregos no primeiro semestre e, destes dois (Rio e São Paulo) perderam mais de 100 mil postos de trabalho com carteira assinada. Foram eles Espírito Santo (-15.004), Rio Grande do Norte (- 15.824), Pará (- 16.545), Paraná (-16.763), Ceará (- 24.948), Bahia (- 27.594), Alagoas (- 32.496), Pernambuco (- 52.717), Rio de Janeiro (- 104.818) e São Paulo (- 137.634).
Quadro
Ranking dos Estados que geraram emprego no 1° semestre deste ano
Fonte: Caged