A Secretaria Estadual de Saúde faz um alerta quanto a picadas de escorpiões. Segundo a pasta, baseado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ocorreram neste ano 4004 acidentes escorpiônicos em Goiás. Apenas em novembro, já são 223.
De acordo com a secretaria, o tempo quente e úmido e ambientes entulhados e escuros são a mistura perfeita para a proliferação de animais peçonhentos.
Apenas em Goiânia, até outubro, o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), referência no atendimento aos acidentes escorpiônicos, notificou 165 casos.
A maioria dos casos ocorre em adultos entre 20 e 59 anos. Para todas as vítimas, a orientação é procurar rapidamente uma unidade de saúde, que fará os primeiros procedimentos no paciente e avaliará a necessidade de soro. Em caso positivo, o paciente é encaminhado a uma das unidades de referência na aplicação dos soros antiveneno, distribuídos às regionais pela Rede de Frios da SES-GO.
Medidas preventivas:
Animais peçonhentos envolvem cuidados com os chamados “4 As” – acesso, abrigo, alimento e água, que devem ser observados para evitar os criadouros.
Acesso:
– Vedar frestas de portas, janelas, tapar buracos ou rachaduras em paredes, vedar ralos de banheiros, pias e tanques.
Abrigo:
– Manter a casa e a áreas ao redor limpas.
– Examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho antes de usá-los, e não deixar pendurados em paredes ou em contato com o chão. Bater os sapatos no chão, para evitar a surpresa de ser picado por escorpiões, aranhas, lacraias etc.
– Escorpiões gostam de viver em ambientes escuros e úmidos (caixas de gorduras, tubulações etc).
– Não colocar a mão em buracos, e sempre utilizar botas e luvas de couro ou de raspa ao adentrar em locais de matas.
Alimento:
– Os animais peçonhentos vão aonde existe lixo, ou seja, focos de alimento para eles (baratas, grilos, gafanhotos, celeiros – grãos – ratos – cobras).
– Caso encontre também serpentes em áreas urbanas, recomendamos ligar para o corpo de bombeiros fazer a captura o animal.
Água:
– Algumas serpentes podem ser encontradas em locais próximos a riachos (jararacas), outras preferem se esconderem em buracos e folhagens e troncos de árvores.
– Se encontrar algum tipo de cobra ou escorpião, é preciso informar à secretaria de Saúde do município onde mora.
O que fazer ao ser picado:
– Lavar o local da picada com água e sabão
– Retirar anéis, pulseiras ou qualquer adorno que possa comprimir o local em caso de inchaço do membro acometido.
– Elevar o membro afetado
– procurar imediatamente um serviço de saúde
– Se não houver comprometimento do tempo para levar a vítima ao serviço de saúde, tirar uma foto do animal para auxiliar o profissional de saúde que atenderá a vítima a identificar o animal.
O que não fazer se for picado:
– Não cortar, furar, sugar, nem amarrar o local da picada (pode comprometer a circulação local, causa infecção e até levar à amputação do membro atingido)
– Não colocar no local da picada qualquer produto, como folhas, fumo etc.
– Não dar nada para a vítima beber, para não atrapalhar no diagnóstico correto e não causar mais danos.
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