O Goiás Esporte Clube em suas contas oficiais nas redes sociais fez postagens denegrindo a imagem da Federação Goiana de Futebol no último sábado (26), após o primeiro clássico na decisão do Campeonato Goiano que terminou com vitória do Atlético no Estádio Antônio Accioly pelo placar de 1 a 0. A justificativa do clube para tamanha revoltada foi a arbitragem de Eduardo Tomaz, que segundo o Goiás favoreceu ao Atlético. A frase: “O esgoto do futebol tem nome e endereço: @fgf_futebol”, foi publicada pela agremiação na internet.
O comportamento rendeu críticas por parte da imprensa e uma deles desagradou o Goiás. Na Rádio CBN, o comentaristas Cleison Teixeira destacou que o clube não deveria ter feito esse tipo de postagem, enquanto o também comentarista José Roberto Silva disse que não comentaria as declarações do presidente alviverde, Paulo Rogério Pinheiro, que em sua conta no Instagram publicou que a FGF era um lixo e que seus dirigentes não eram bem-vindos na Serrinha.
Toda situação rendeu problemas para emissora que foi comunicada que não terá direito a uma cabine no Estádio Haile Pinheiro no segundo jogo da decisão que acontece no próximo sábado – 2 de abril. A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de Goiás, emitiu nota repudiando a atitude e se posicionando contra a censura à liberdade de imprensa.
Nota – Aceeg
“A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de Goiás vem – de forma oficial – repudiar a arbitrária e ilegal atitude do presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro, em retirar a cabine de transmissão esportiva da Rádio CBN Goiânia, do Estádio Hailé Pinheiro, impedindo a mesma de transmitir o jogo decisivo do Campeonato Goiano 2022, entre o clube citado e o Atletico Clube Goianiense. A partida acontece no próximo sábado, dia 2 de abril.
A ação foi motivada pelas críticas feitas ao presidente do Goiás. As críticas foram feitas dentro dos preceitos legais que garantem ao jornalista, no exercício da profissão ampla liberdade de opinião. As críticas em momento algum ofenderam a honra e a dignidade do cidadão Paulo Rogério Pinheiro. As críticas foram feitas contra as declarações destemperadas e ofensivas do presidente, durante a realização do primeiro jogo da final do campeonato goiano entre Atlético e Goiás.
As análises dos profissionais da CBN Goiânia também observaram os princípios da ética e da moral, sem desviar o foco das contundentes ofensas do Presidente ao campeonato goiano e aos seus organizadores.
Nada saiu fora desta linha.
Constitucionalmente a liberdade de expressão é um direito de todo cidadão brasileiro. A ACEEG não pode quedar-se frente ao abuso cometido.
A liberdade de imprensa precisa ser observada com o máximo rigor da lei.
Coibir, retaliar e perseguir alguém ou instituição pela emissão de uma opinião, mediante o exercício da profissão é crime. A censura não sobrevive num País democrático. É uma prática condenável em todas as esferas do judiciário brasileiro. Cabe ao ofendido por criticas procurar a justiça para propor uma ação pedindo reparação pelos prováveis danos sofridos.
Diante dos fatos expostos, a ACEEG repudia publicamente a ação de censura do presidente do Goiás Paulo Rogério Pinheiro. O Goiás Esporte Clube não merece ter seu nome envolvido numa postura tão antipática e arrogante como esta.
A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de Goiás lamenta profundamente o fato ocorrido e se coloca à disposição dos diretores da equipe de esportes da CBN Goiânia para tomar todas as providências cabíveis!