Goiás, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Ceará e a Bahia somam, juntos, 739 casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos só em 2015. O aumento de casos nos estados nordestinos foi significativo, comparado aos outros anos. Goiás foi o primeiro estado, fora do Nordeste, que registrou casos. Em 2014, o número foi de 147.
O estado que mais possui casos suspeitos e o primeiro a identificar aumento de microcefalia na região é Pernambuco, com 487 registros. No ano passado, foram registrados 12 casos no estado. Em seguida, Paraíba registrou 96 casos; Sergipe, 54; Rio Grande do Norte, 47; Piauí, 27; Alagoas, dez; Ceará, nove; Bahia, oito; e apenas um em Goiás.
De acordo com o ministro da Saúde, Marcela Castro, pesquisadores analisam a hipótese de relação da microcefalia com a infecção pelo Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, desde o início do aumento dos casos suspeitos.
“Pesquisadores, desde o início, estão estabelecendo uma correlação positiva entre a microcefalia e o vírus Zika. O que os pesquisadores estão dizendo é que podemos afirmar com segurança que é acima de 90% a probabilidade de ser verdadeiramente o Zika”, disse.
Segundo o ministro, alguns pesquisadores afirmam que há 99,5% de certeza em relação à existência da relação. “Se tivéssemos uma literatura internacional que nos respaldasse, não tinha nenhum problema. O problema é que tudo que está acontecendo no Brasil é inédito. No mundo todo, não há um caso de epidemia de Zika nem de surto de microcefalia como está acontecendo no Brasil”, explicou.
Exames de laboratório, analisados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constataram a presença do genoma do Zika vírus em amostras de duas gestantes na Paraíba após a confirmação, por ultrassonografia, de que os fetos possuíam microcefalia.
A microcefalia é uma malformação congênita que faz com que o cérebro não se desenvolva da maneira adequada. O normal é os bebês nascerem com perímetro cefálio superior a 33 centímetros. Os que possuem microcefalia, nascem com perímetro cefálio menor que isso.
Com informações da Agência Brasil