No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o Goiás Esporte Clube inaugurou, na manhã deste domingo (2), o camarote exclusivo para pessoas com autismo e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia.
O camarote é feito em uma sala sensorial, ambientado de forma a tornar o jogo mais proveitoso e tranquilo para os torcedores com autismo e TDAH. O ambiente conta com brinquedos, puffs, TV e videogame, tornando o espaço agradável para torcedores e seus acompanhantes.
O diretor executivo do clube, Paulo Rogério Pinheiro, conta que a ideia surgiu através do pai, Hailé Pinheiro, ainda em vida.
“Meu pai não tinha esse negócio de divisão. Em 2020, na pandemia, ele falou sobre um espaço reservado para inclusões sociais para autista, TDAH, Síndrome de Down. O Goiás precisa devolver para sociedade um pouco do que ele arrecada e usar a marca Goiás Esporte Clube em prol das pessoas”, destaca Paulo Rogério.
Paulo Rogério explica que contou com o apoio do conselheiro do Goiás, Rogério Santana, que tem um filho autista, e juntos desenvolveram o projeto.
Recursos
Segundo Paulo Rogério, para a construção do espaço foi feita uma licitação junto a uma construtora. Portanto, como faltava dinheiro, o clube contou com grandes parcerias. Segundo o dirigente todas as obras de patrimônio feitas, os recursos não sai do futebol.
“Fizemos a obra sem um centavo do clube, os próprios empresários sentiram que poderiam ajudar. É uma semente que vai dar grandes frutos”, afirma.
Além disso, segundo o diretor do clube, a expectativa agora é de outro espaço específico para pessoas com Síndrome de Down, porque segundo ele o pai, Hailé Pinheiro queria construir dois espaços.
“Já estamos com projeto pronto. Ele é totalmente diferente desse [camarote] porque ele vai pegar as cadeiras. Então eles vão poder ficar na cadeiras no conforto com a parte coberta para dar apoio a ele [Síndrome de Down]”, garante.
Além da parte de inclusão social, segundo Paulo Rogério, a ideia é de construir mais 35 camarotes para venda e direito de uso anual, para empresas que queiram comprar pacotes de jogos.
O projeto depende da aprovação por parte da prefeitura de Goiânia e demais órgãos responsáveis. “Já tem uma construtora que está querendo bancar essa obra em troca do espaço na camisa”, afirma Paulo Rogério.
Com o clube saindo da crise, o dirigente conta que agora sobra tempo para comentar sobre obras do time. “Voltei a carga de novo”.