Goiás se destacou nacionalmente nesta terça-feira (7) por se tratar do estado com 162 pesquisas eleitorais, o maior número registrado entre todos os estados. Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o registro das pesquisas, em janeiro, foram registrados 1.127 levantamentos, quatro vezes mais do que no último pleito para prefeito e vereador.
Em Goiás, o PL é que pagou mais caro na contratação de uma pesquisa, conforme reportagem do jornal O Globo desta terça-feira (7).
A explicação citada é a dificuldade do partido de emplacar o nome de Gustavo Gayer, aparentemente já superada com o lançamento oficial da pré-candidatura. “O partido gastou R$ 34 mil para checar a viabilidade do deputado Gustavo Gayer que já se lançou como pré-candidato, mas enfrenta resistências internas”, enfatizou a publicação.
Das 1.127 pesquisas contratadas, conforme divulgou o TSE recentemente, 573 também incluem levantamentos para o cargo de vereador.
O professor e pesquisador Luiz Signates observa ao Diário de Goiás que há uma proliferação de pequenos institutos de pesquisa. Ele aponta que “a maioria é tocada por gente sem formação, nem experiência”. E finaliza destacando: “Isso parece ser o que principalmente justifica o nosso estado, apesar de pequeno, em face do eleitorado brasileiro, esteja no ápice da quantidade de pesquisas registradas”.
Conforme o TSE, o número de pesquisas eleitorais registradas até agora é o maior da série histórica da Corte, iniciada em 2012. Por enquanto, ela é quatro vezes mais do que na última eleição para prefeito e vereador, em 2020, quando houve 296 no mesmo período.
De acordo com O Globo, os dados mostram que 500 pesquisas (44,4%), foram autofinanciadas — ou seja, pagas pela mesma empresa que realizou a sondagem. “Nesse formato, ao informarem que realizaram o levantamento com verba própria, os responsáveis não precisam prestar contas sobre a origem do dinheiro, o que acende o alerta em entidades e gera debate no Congresso”.