O estado de Goiás é o 4º colocado entre os estados que conseguiram reduzir o número de homicídios este ano. De acordo com os dados prévios colhidos por analistas criminais junto a 19 estados, a redução deste tipo penal em Goiás foi de 9% de janeiro a novembro, tendo como referência o mesmo período do ano passado. A expectativa da Gerência do Observatório da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) é que com a inserção dos dados de dezembro, esta taxa de redução em Goiás possa chegar a 11%.
As informações gerenciadas e divulgadas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça e Cidadania, deverão ser consolidadas no início do próximo ano, devendo incluir os dados dos demais estados até dezembro para a divulgação definitiva das estatísticas de 2016, em meados de abril, conforme os anos anteriores. Dos estados incluídos até agora, quatro apresentaram números de Crimes Letais Violentos Intencionais (CLVI) e não apenas de homicídios. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará e Piauí. Outros dois só apresentaram os dados de janeiro a outubro: São Paulo e Mato Grosso.
Segundo os dados da Senasp, o estado de Goiás ficou na 4ª posição, atrás apenas de Espírito Santo (-16,5%), do Ceará (-15,7%) e da Paraíba (-13%). Entre os que tiveram seus dados inseridos, apenas seis conseguiram reduzir os números de homicídios. Os outros dois são: Minas Gerais (-2%) e São Paulo (-7,9%). Os demais estados teriam registrado aumentos nos índices de homicídios em 2016.
De acordo com o superintendente de Ações e Operações Integradas da SSPAP, delegado federal Emmanuel Henrique, por enquanto, a partir da prévia divulgada pela Senasp, o estado de Goiás está em situação privilegiada, tendo saído de um aumento de 1% no número de casos em 2015 para uma redução, até agora, de 9%.
Ações integradas Isso, segundo declarou, se deve principalmente à política de segurança pública integradora implementada pelo estado de Goiás, sob o comando do vice-governador e titular da SSPAP, José Eliton. “A integração dos serviços de inteligência e das forças policiais no estado e, ainda, o Pacto Integrador consolidado com vários outros estados contribuíram para o combate ao crime organizado, forçando a queda dos indicadores de violência ao longo de todo o ano”, afirma.
Além da política de integração, Emmanuel Henrique destaca o fortalecimento das estruturas policiais, a valorização dos profissionais e a melhoria das condições de trabalho em todas as corporações. Para ele, a presença ostensiva das forças policiais nas ruas, a partir de um planejamento que teve como base as manchas criminais identificadas pela inteligência, também foi decisiva para a queda substancial da criminalidade em todo o estado.
Entre outras estratégias adotadas por Goiás, conforme ressaltou, está o Pacto Social Goiás Pela Vida que já realizou 16 conferências em localidades com altos índices de violência e cumprirá uma agenda de novas conferências no início do próximo ano até um total de 24 edições. A meta do programa é reduzir a taxa de homicídio para 30.8 por 100 mil habitantes até 2018, o que significa uma necessidade de redução anual de aproximadamente 7,8%. Entre os destaques dessas ações está a redução de 48,72% nos crimes de homicídio em Goiânia no mês de novembro, se comparado com novembro de 2015.
Crimes violentos
Segundo análises do Observatório da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Estado de Goiás, se considerados os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que além de homicídio inclui lesões corporais, latrocínios e mortes violentas por esclarecer, o estado de Goiás teve uma redução de 22,66% de janeiro a novembro deste ano no comparativo com 2015. Em Goiânia, a redução desses crimes foi de 29,19% de janeiro a novembro deste ano em comparação com 2015.
Os homicídios dolosos, que são aqueles em que fica caracterizada a intenção de matar, de janeiro a novembro de 2016, a redução foi de 9% em comparação ao ano passado; enquanto a taxa de homicídios de 46,2 por 100 mil habitantes deverá baixar para 34,97 em 2016.