Durante 90 dias (27/06 a 24/09), os agricultores não puderam plantar ou manter plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento em lavouras. Foto: Enio Tavares
De 2022 a 2022 houve um aumento significativo de pedidos de recuperação judicial por produtores rurais que atuam como pessoas físicas no Brasil. De acordo com uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, que divulgou dados da Serasa Experian divulgados nesta quinta-feira (7), foram registradas 127 solicitações de recuperação judicial (RJ) no ano passado no país, contra apenas 20 pedidos no ano anterior, alta de 535%.
Dentro disso, Goiás aparece como o segundo estado com mais pedidos de recuperação judicial, com 36, atrás apenas de Mato Grosso, com 43. Minas Gerais gerais teve 18 e Mato Grosso do Sul, 10. Algumas das justificativas apontadas além da quebra de safra, foram os efeitos da seca para a safra de soja, por exemplo.
Apesar do aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial, a Serasa afirmou à Folha que a maior parte do agronegócio brasileiro tem conseguido superar barreiras econômicas para se manter produtivo sem arriscar sua reputação de crédito no mercado.
Na parte de produção em Goiás, vale ressaltar que o estado, no ciclo 2021/2022, entregou 28,8 milhões de toneladas de grãos, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Paraná. Os destaques goianos foram soja, milho, sorgo, feijão, trigo, algodão, arroz, girassol e gergelim.
No geral, Goiás é o terceiro maior produtor de grãos e, em 2022, registrou um faturamento de US$ 11,7 bilhões com as vendas externas de produtos agropecuários. O montante representou um crescimento de 63,3% em relação ao faturamento do ano anterior e colocou Goiás na sexta posição entre os principais estados exportadores de itens ligados ao setor primário.