Nos três primeiros meses de 2024, foram registradas 26.908 infrações gravíssimas de tráfego de veículos não autorizados pela faixa exclusiva para ônibus na capital. Os dados foram divulgados pelo secretário de Mobilidade de Goiânia, Marcelo Torrubia que apontou que a infração está em segundo lugar no ranking de autuações na Capital, perdendo apenas para o excesso de velocidade.
Segundo Marcelo, o número preocupa a secretaria, que espera contar com o bom senso e o respeito às leis de trânsito por parte dos condutores. “A faixa exclusiva existe para garantir segurança para os demais usuários da via pública em relação a um veículo de grande porte. Vale lembrar que, em Goiânia, táxis e veículos do transporte escolar têm a permissão de transitar pelo corredor”, explicou o secretário.
Segundo o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) a infração está sujeita a multa no valor de R$ 293,47 e perda de sete pontos na carteira de habilitação. Em 2022, foram registradas 94.312 infrações; em 2023, 78.570; e até o dia 4 de abril deste ano, 26.908 infrações foram registradas, todas por meio de equipamentos eletrônicos.
O titular da Mobilidade destaca que tecnicamente o ônibus exige um tempo maior de distância e parada, além da existência de pontos cegos que podem “esconder” outros condutores, como ciclistas, motociclistas e automóveis menores. Marcelo também afirma que a Prefeitura de Goiânia tem trabalhado no sentido de coibir as imprudências.
As estatísticas mostram que os acidentes relacionados a pontos cegos aumentaram nos últimos anos, tornando-se um problema preocupante. Qualquer manobra feita com um veículo de grande porte pode resultar em acidente de trânsito.
Secretário de Mobilidade, Marcelo Torrubia
Além dos equipamentos eletrônicos que registram o veículo que transita, nossos agentes fazem o trabalho de monitoramento nos corredores. Além da fiscalização, a pasta foca na Educação para o Trânsito. “O tema é abordado em empresas, escolas e faculdades com o objetivo de alertar os condutores para que não transitem no local destinado aos ônibus. Conduzir outros veículos na faixa preferencial é um desrespeito à garantia e à defesa da vida”, diz Marcelo.
Desde a sua implementação em 2012, as faixas exclusivas para ônibus reduziram significativamente a letalidade no trânsito de Goiânia, além de melhorar o tempo de viagem dos ônibus. No corredor da Avenida T-63, por exemplo, a fluidez aumentou entre 14% e 26% nos horários críticos. Dados da Delegacia de Crimes de Trânsito também apontam que em 2013 houve 275 mortes, número que diminuiu para 269 em 2014 e 221 em 2015.
O funcionamento da faixa de ônibus em Goiânia (Avenida 85, Avenida T-63, Avenida T-7 e Corredor Universitário) é simples e segue as regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para acessar uma garagem, um estabelecimento comercial ou realizar conversão à direita para as ruas transversais àquelas vias com faixas exclusivas, o motorista deve notar a linha tracejada pintada no asfalto.