Os protagonistas Vitória Strada e Bruno Cabrerizo no Real Gabinete Português de Leitura
Nesta quinta (5), “Tempo de Amar”, atual folhetim da faixa das 18h da Globo, exibe cenas gravadas num importante ponto turístico -e histórico- do Rio de Janeiro (RJ), o Real Gabinete Português de Leitura.
Foi fundado em 1837 por um grupo de imigrantes portugueses, mas o prédio onde a biblioteca funciona hoje -na rua Luís de Camões, no centro- só foi inaugurado em 1887. Sua fachada, em pedra de lioz e cheia de estátuas, é no estilo neomanuelino, rebuscado, o que faz o gabinete, por fora, parecer um templo.
Na cena rodada no local, Vicente, personagem de Bruno Ferrari, e Celina, interpretada por Barbara França, percorrem uma livraria fictícia. Vicente mostra alguns livros para ela que, atenta, lê algumas páginas.
Depois, eles seguem para um chá. Ele pergunta: “Não ficou cansada, Celina?”, que nega. Ao que o mocinho continua: “Quando entro em uma livraria, eu me excedo! Perco a noção de tempo… Mergulho no mundo da literatura e não quero sair.”
Celina então diz, com olhar apaixonado: “Eu percebi! Será que um dia isso vai acontecer comigo, Vicente?”. E ele explica: “Mas não precisa acontecer, Celina. Eu é que perco as estribeiras. Você pode muito bem gostar de livros sem enlouquecer.”
E ela conclui: “Você não enlouqueceu. Você estava entusiasmado. É diferente.”
A NOVELA
“Tempo de Amar”, que estreou no último dia 26, é protagonizada por Maria Vitória (Victória Strada) e Inácio (Bruno Cabrerizo), dupla estreante em folhetins.
O casal, ela rica, ele pobre, precisa enfrentar as respectivas famílias e a distância, ela em Portugal, ele no Brasil, para ficar junto.
Quem escreve a novela é Alcides Nogueira, mas a ideia original não é dele. O folhetim parte de uma história familiar contada por Rubem Fonseca, que teria acontecido com seus avós. Não por acaso, Nogueira escreve em parceria de Bia Corrêa do Lago, filha de Fonseca.
Em São Paulo, a primeira semana de “Tempo de Amar” registrou média de 25 pontos, a maior de semana de estreia em novela das seis em sete anos.
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