Na tarde desta sexta-feira (1º), o ginecologista Nicodemos Junior Morais, 41 anos, preso por abuso sexual em Anápolis, deve passar por audiência de custódia. O ginecologista foi preso na última quarta-feira (29) suspeito de abusar sexualmente de pacientes durante consultas e exames. De acordo com jornal O Popular, o advogado de defesa do médico, informou que pretende durante a audiência pedir a revogação da prisão preventiva do ginecologista.

Até o final da tarde da última quinta-feira (30). pelo menos 41 mulheres registraram queixa contra o médico e outras 50 já teria entrado em contato com a delegacia.

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A defesa do médico nega que o suspeito tenha cometido qualquer prática sexual com as mulheres que ele já atendeu. Ainda de acordo com o advogado de defesa, o suspeito é um ginecologista e que todos os exames e toques em pacientes realizados dentro do consultório foram todos para fins de diagnósticos sem nenhuma intenção de teor sexual.

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No Paraná, uma vítima também registrou ocorrência por viiolação sexual, mas o processo foi arquivado. Em Goiás, além de Anápolis, há também vítimas de Goiânia e Pirenópolis.

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Vítimas relatam terror no consultório

Uma das vítimas ouvida pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) na última quarta-feira (29), ela relata que estava fazendo o uso de um anel vacinal por recomendação do médico. ”Ela disse que estava incomodando e perguntou a ele [médico] se isso não poderia atrapalhar na relação sexual. Então o médico disse que com a namorada nunca teve nenhum problema, mas se a paciente quisesse fazer o teste, ele aceitava”. De acordo com a vítima, logo depois o médico mandou mensagem dizendo que era brincadeira.

De acordo com depoimento das vítimas, o ginecologista tinha a prática de pegar o contato telefone delas. Em setembro do ano passado, uma paciente de 26 anos disse que o médico pediu seu número para enviar recomendação de leitura. ”Na mesma hora, ainda dentro do consultório, ele me enviou. O título era ‘Mulheres boa de cama’, nessa hora achei que tinha algo de errado”, relata a vítima.

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Outra vítima também passou por constrangimentos. De acordo com a delegada titular da Deam de Anápolis, a vítima disse que fez cirurgia de ninfoplastia, para redução dos pequenos lábios vaginais, com o médico. Segundo a delegada, a vítima disse que o médico teria dito que caso ela fizesse sexo com ele, poderia ser operada de graça. ”Ela não aceitou, mas depois o médico perguntou se poderia testar para ver como ficou o trabalho dele”, disse a delegada.

O ginecologista deve ser indiciado por estupro de vulnerável, além do crime de violação sexual mediante fraude. O crime de estupro de vulnerável que tem pena de até 15 anos de reclusão, teria ocorrido em 2013 com uma adolescente de 12 anos na época. Em entrevista ao jornal O Popular, a vítima, hoje com 21 anos, disse que na época o médico chegou a questiona-la se ela sabia onde ficava o ‘Ponto G’ e mostrou quadrinhos e sites pornográficos a vítima.

*As informações são do jornal O Popular desta sexta-feira (1º).

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