Mesmo com derrota no STJ, julgamento de Arruda no TSE ainda deve demorar. Por enquanto ele continua com campanha nas ruas.
O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu vista do recurso no qual José Roberto Arruda, candidato ao governo do Distrito Federal, pede para ter a candidatura liberada.
A candidatura de Arruda foi barrado pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados pela segunda instância da Justiça.
Antes da interrupção do julgamento, os ministros Henrique Neves e Admar Gonzaga votaram pela rejeição do recurso por entenderem que não houve erros ou contradições na decisão do TSE.
Não há prazo para que o julgamento seja retomado. Até decisão final do TSE, mesmo sem ter registro de candidatura, Arruda pode continuar a campanha normalmente.
STJ
A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso de José Roberto Arruda, candidato ao governo do Distrito Federal.
A defesa de Arruda pretendia anular decisão que, no dia 9 de julho, o condenou por improbidade administrativa.
Por 3 votos a 1, os ministros rejeitam alegação de suspeição do juiz Álvaro Ciarlini, que proferiu a sentença, e mantiveram a condenação de Arruda. O único voto favorável foi do ministro Napoleão Maia Filho. Os ministros Benedito Gonçalves, Sérgio Kukina e Regina Helena Costa divergiram.
Os advogados do candidato alegaram que juiz antecipou argumentos que motivaram a condenação de Arruda ao julgar outro processo referente à Operação Caixa de Pandora, que investigou o esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM. Cabe recurso contra a decisão.