Promovido pelos principais portais do Estado, Diário de Goiás, Mais Goiás e A Redação, o 1º Debate Digital GO ocorreu nesta quinta-feira (30) e contou com perguntas de entidades representativas, jornalistas dos três veículos de comunicação e dos internautas. No primeiro bloco, os candidatos foram questionados pelo presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio) e por jornalistas.
Participaram do debate os candidats ao governo de Goiás Weslei Garcia (PSOL), Kátia Maria (PT), governador José Eliton (PSDB), senador Ronaldo Caiado (DEM) e deputado federal Daniel Vilela (MDB).
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Daniel Vilela – Temos hoje um Estado inchado, ineficiente e referência negativa como o maior número de comissionados do Brasil, que não consegue prestar serviços públicos de qualidade. Uma pesquisa recente mostrou que a área da saúde tem a pior avaliação de todas as áreas do Estado. Nós entendemos que Goiás pode e vai mudar com uma gestão eficiente, que estabeleça uma administração gerencialista, que busca a eficiência com a redução do Estado e qualificação da ocupação dos cargos públicos, estabelecendo critérios, certificando e habilitando um banco de talentos para ocupar as funções do nosso Estado. Tendo iniciativas que proporcionam um ambiente para o empreendedorismo em Goiás, promovendo a desburocratização, a simplificação processual e tributária, promovendo e incentivando a cultura da auto declaração, onde o empreendedor é visto pelo setor público como alguém de boa-fé, alguém que está ali oferecendo a verdade documental e que merece ter, por parte do setor público, a possibilidade de promover os investimentos em nosso Estado. Não podemos continuar tendo um Estado que demora de três a quatro anos para liberar uma licença ambiental, dois anos para ter acesso a benefícios fiscais.
Kátia Maria – Serei a governadora da retomada do desenvolvimento no Estado de Goiás, gerando trabalho e renda. O Estado de Goiás não será aquele que pensa que é o Estado precisa fazer tudo. O Estado precisa ser o indutor, porque quem gera os postos de trabalho é o setor produtivo. Nós faremos o nosso papel de indutora, de planejadora, de controladora e de fiscalizadora das ações de implementação da política de desenvolvimento de emprego do Estado de Goiás. Eu vou criar o programa Desenvolve Goiás, que vai planejar um desenvolvimento regional equilibrado, garantindo que todas as regiões possam alavancar seu processo de desenvolvimento econômico sintonizado com o desenvolvimento social e sustentabilidade ambiental. Nós faremos no primeiro mês de governo o plano Emprego Já, com a retomada das obras, linhas de crédito, aliado com nosso programa, que é de Economia Sustentável, fazendo do turismo, cultura e agricultura familiar o carro-chefe de fomento da nossa economia em Goiás, fazendo com que nós possamos ter com o turismo, cultura e agricultura familiar uma economia limpa, sustentável e que possa fazer com que cada município se desenvolva.
José Eliton – A Educação talvez seja uma das áreas que mais nos orgulhamos de ter atuado fortemente para elevar a qualidade de ensino no Estado de Goiás. Tínhamos há duas décadas 26% dos professores com ensino superior, hoje são 100%. Iremos, a partir de agora, apresentar, para que a sociedade possa assimilar a proposta de gerar professores com mestrado na rede estadual de ensino. Vamos financiar todos os cursos de mestrado, melhorando a qualificação e, consequentemente, o aprendizado. Saímos da 16ª posição para a 1º no Ideb. Todas as iniciativas que visam efetivamente melhorar são importantes para serem analisadas. Eu sempre digo que OS não pode ser um serviço como um remédio para todas as questões. Eu destaquei agora recentemente quando o Estado teve, por parte do poder Judiciário, a liberação para iniciar o processo, eu determinei a suspensão para que pudéssemos avaliar os resultados que serão obtidos a partir do ensino técnico profissionalizante, cujas algumas unidades já estejam sob a administração por Organização Social no que diz respeito à política condominial. Política pedagógica é prerrogativa do Estado, o fortalecimento da Educação sob todos os aspectos. Eu não tenho preconceito nenhum com determinados temas. Acho que é preciso quebrar preconceitos e paradigmas para que possamos avançar, e esse é nosso objetivo, que Goiás continue a ser referência em Educação no país.
Weslei Garcia – As práticas dizem diferente do discurso do governador. Na verdade, a Educação nunca foi prioridade para esse governo quando ele tirou, por exemplo, a titularidade da Educação. Nós vamos acabar com as OS’s, não vamos dar seguimento às OS’s. Pelo contrário, vamos pagar aos professores do Estado de Goiás a titularidade, vamos devolver, que foi tirada por ele. Vamos implementar a gestão democrática de fato, uma gestão real, na qual a comunidade poderá escolher o seu gestor. Além disso, vamos implementar a jornada ampliada, vamos discutir uma educação que seja autônoma, uma educação que venha privilegiar a liberdade de pensamento e criticidade. Esses três aqui que estão representados na base do governo Michel Temer apoiaram, por exemplo, a PEC que fez a Reforma do Ensino Médio, que retirou disciplinas obrigatórias importantes da grade curricular. Então, não é verdade que se prioriza a educação, pelo contrário, quantos estudantes estavam ocupando escolas, lutando pelas OS’s, o governador José Eliton mandou a então secretária, Raquel Teixeira, cortar a água e a luz das escolas ocupadas. Esse é o tratamento dado, mas será diferente em nosso governo. Vamos fortalecer a educação pública, laica, universal.
Ronaldo Caiado – Pretendemos também montar e estruturar escola de cultura em vários lugares no Estado de Goiás para que haja uma continuidade, não restrita apenas ao momento dos festivais. O segundo ponto relevante é poder dar incentivo direto para que as pessoas possam continuar na sua atividade de acordo com sua aptidão, que eles recebam aquilo que, depois de um festival que está sendo proposto, ele tenha não só o reconhecimento, mas também um benefício direto para poder mantê-lo na atividade e desenvolver sua atividade no Estado de Goiás, o que não acontece hoje. Essas pessoas vivem temporariamente nos festivais, não têm a continuidade, não se tem uma política para poder dar a todas essas pessoas que estão amanhã desenvolvimento a literatura, arte, cultura, poesia, fotografia, toda essa parte também da cultura regional, da característica rural de Goiás, de todos os eventos como os rodeios.
José Eliton – Apenas críticas sobre áreas importantes. No governo, nós estabelecemos a maior agenda cultural do país. Nós temos, além dos festivais referenciados aqui, estabelecemos um conjunto de incentivo com financiamento para que estudantes possam fazer cursos de artes. Nós temos o Basileu França, que é uma referência no país sobre qualificação em arte. E nós vamos avançar, porque isso é importante. Milhares e milhares de jovens têm direito à oportunidade de tocar músicas, de canto, de artes circenses através da formação continuada nos diversos institutos. O Fundo de Cultura é uma conquista extraordinária, que estamos aperfeiçoando, inclusive, a liberação dos recursos para financiar expressões artísticas e culturais das mais variadas. Olhando para o futuro, vamos criar o Bolsa Estímulo Artista para substituir a atual Bolsa Orquestra, ampliando para todas as linguagens artísticas a oportunidade de ter acesso à cultura e conhecimento necessário. Temos um conjunto de ações propostas para valorizar ainda mais essa área.
Weslei Garcia – Atualmente nós vivemos uma crise no Estado de Goiás, quando foi aplicado a Bolsa Patrão, ou seja, o governo do Estado de Goiás permite isenções fiscais para uma parcela da sociedade, que são os ricos e poderosos. Nós vamos fazer os impostos progressivos. Se diminuirmos em 25% apenas nos privilégios pagos pelo governo José Eliton, Marconi Perillo, os outros que também passaram, vamos conseguir ter sobrando R$ 2 bilhões, que poderiam, por exemplo, ser aplicados para a construção de 50 mil casas populares, poderíamos praticamente zerar o déficit habitacional do Estado de Goiás. Portanto, nós vamos acabar com essa história de que rico não paga imposto no Estado de Goiás. Vamos aplicar o imposto progressivo, vamos fazer com que os poderosos paguem e os empresários terão que dar contrapartidas no Estado de Goiás, como a construção de hospitais públicos, UPAs, ajudar os serviços públicos fundamentais, ajudar o social. Nós faremos isso também com uma auditoria completa no Estado de Goiás para acabar com os contratos de privatizações e terceirizações, que o noticiário comprovou que é um gargalo de corrupção.
Daniel Vilela – Goiás gasta muito e mal, não se prioriza a qualidade do gasto na gestão pública em Goiás. O que vamos fazer é uma gestão eficiente, planejada e com responsabilidade fiscal, o que não ocorre hoje em Goiás. Os fornecedores e prestadores de serviço estão indo à falência devido a essa ineficiência, essa falta de planejamento e o pagamento prioritário é para os amigos do rei. Aqui em Goiás só recebem as empresas que são amigas do governador atual, do ex-governador e do seu grupo político. Nós vamos estabelecer uma gestão que possa regularizar a gestão fiscal do Estado, que possa otimizar as despesas, que possa maximizar as receitas, fazer uma alocação de recursos mais eficiente para que o Estado possa promover os investimentos e recuperar sua capacidade de investimento. Hoje, Goiás é totalmente dependente de recursos externos para promover os investimentos em todas as áreas aqui e aumento de impostos. Aumenta imposto aqui mensalmente, tentando transferir a culpa do rombo para os cidadãos e empreendedores do Estado. Nós vamos mudar essa prática, não vamos continuar adotando esse atropelo de medidas, que apenas penalizam os investimentos e os investidores em Goiás. Qualidade do gasto, gestão eficiente, responsabilidade e rigor fiscal são nossas propostas para Goiás.
Kátia Maria – Nós queremos fazer um programa de desenvolvimento sustentável em Goiás, articulando desenvolvimento econômico, social e sustentabilidade ambiental. Dentro desse contexto, nós teremos um plano que vai estabelecer o zoneamento econômico e ecológico para mapear onde que estão as áreas propicias para cada tipo de produção, onde estão as áreas que precisamos preservar e as áreas propicias para que o setor produtivo, de forma inteligente, preservando o meio ambiente possa fazer a movimentação econômica e fortalecer nosso Estado. Goiás tem uma carga tributária injusta onde quem tem mais paga menos e quem tem menos paga mais. Nós vamos inverter essa lógica onde a carga tributária será justa: quem tem mais paga mais e quem tem menos paga menos. Fazendo cm que a gente possa estabelecer de fato um processo de desenvolvimento sustentável em nosso Estado, podendo privilegiar essas empresas que têm uma forma de economia limpa.
Ronaldo Caiado – Goiás passou a ser referência na produção de combustível limpo. O álcool hoje, nós somos modelo para o mundo, essa é a grande realidade. Isso dentro do modelo de tecnologia do setor rural, da Embrapa, dos órgãos de pesquisa transformaram hoje o Brasil como referência de como poder ter um combustível sem contaminar o meio ambiente. Quero deixar claro que o zoneamento está previsto. O que temos que modificar em Goiás e, sim, ter um fato concreto é, por exemplo, o município onde você tem a sede da indústria. E às vezes você compromete a cidade X. Você tem uma abrangência maior em outros municípios, mas a sede da indústria está no município A, no entanto, a área plantada está no município B. então, precisamos ter uma redistribuição. Esses zoneamentos nos impõe isso. Outro ponto que eu acho relevante: cabe ao município também definir, como Rio Verde fez, as áreas que serão ocupadas com a monocultura da cana e as outras áreas que serão utilizadas com outras culturas. Esse é o entendimento que tem que ser feito para igualarmos e não penalizarmos nenhum dos municípios e que todos tenham a redistribuição do ICMS.
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