Os gastos do cartão corporativo de Jair Bolsonaro (PL), quase triplicam os valores divulgados anteriormente, de R$ 27 milhões. Segundo o Portal da Transparência, desde o início de seu mandato, o ex-presidente gastou R$ 75 milhões. As informações são do site UOL.
A quebra do sigilo de 100 anos liberada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), trouxe à tona altos gastos pontuais. Só em padarias, as transações ultrapassam a marca de R$ 50 mil. A mais alta delas ocorreu em 3 de janeiro do ano passado, quando uma padaria de São Francisco do Sul (SC) recebeu R$ 61.710,67 do cartão corporativo da presidência da República.
Uma pesquisa feita pelo site Mercado Mineiro em julho do ano passado, o preço médio do quilo de comida em restaurantes de Belo Horizonte – MG, era de R$ 52,45. O que permite dizer que, em um dia, Bolsonaro gastou dinheiro suficiente para servir mais de 1,17 tonelada em estabelecimentos da capital mineira.
O cartão corporativo serve para atender a despesas de pequeno vulto, atender a despesas eventuais, como viagens e serviços especiais, que exijam pronto pagamento, e executar gastos em caráter sigiloso.
Ao UOL, o cofundador da agência ‘Fiquem Sabendo’, o jornalista Luiz Fernando Toledo, disse que os dados divulgados na semana passada não são discriminados e deixam perguntas sem respostas.
Não se sabe se os gastos no cartão corporativo são apenas do ex-presidente, ou se inclui também sua equipe de segurança, se outros órgãos que estão sob o guarda-chuva da Presidência, como secretarias, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) também entram nessa planilha. Uma vez que no Portal da Transparência são discriminados de acordo com esses diferentes órgãos, mas nas planilhas, não.