Rio – Depois de semanas bastante pressionada, a inflação varejista desacelerou em abril no âmbito do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10). O alívio nos preços da gasolina e dos alimentos garantiu que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) viesse menor do que em março. Ainda assim, a taxa permanece em patamar elevado, tendo como um dos principais suportes a alta na energia elétrica, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice também começou a refletir o reajuste nos preços de medicamentos, em vigor desde o fim de março.
O IPC avançou 1,01% em abril, ante elevação de 1,29% no mês passado. Ao todo, seis das oito classes de despesa desaceleraram na passagem do mês, com destaque para o grupo Transportes (2,14% para 0,28%). Nesta classe de despesa, a gasolina subiu 0,70%, bem menos do que no mês passado, quando ficou 7,13% mais cara.
Também perderam força os grupos Alimentação (1,12% para 0,88%), Educação, Leitura e Recreação (0,50% para 0,22%), Vestuário (0,06% para -0,37%), Despesas Diversas (0,94% para 0,63%) e Comunicação (0,02% para -0,04%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens hortaliças e legumes (7,70% para 0,71%), show musical (2,97% para 0,87%), roupas infantis (1,20% para -1,25%), cigarros (1,10% para 0,00%) e tarifa de telefone residencial (-0,37% para -0,84%), respectivamente.
No sentido contrário, os grupos Habitação (2,03% para 2,51%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,63% para 0,88%) subiram mais do que em março. Nestas classes de despesa, os principais impulsos partiram de tarifa de eletricidade residencial (9,54% para 13,83%) e medicamentos em geral (0,19% para 1,04%), respectivamente.
(Fonte: Estadão Conteúdo)