O candidato ao governo de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), não é o que se chama “político de grupos”. Com mais de 30 anos na vida pública, difícil é apontar uma liderança que anda com ele desde seus primórdios. Um comentário recorrente nas rodas políticas é o futuro dos prefeitos da base do governo estadual em 2020, em caso de vitória do grupo caiadista.
“Com a máquina na mão e sem muita disposição para o diálogo, Caiado tem planos de tentar montar o próprio grupo com uma eventual eleição. A preocupação de alguns prefeitos amigos da minha região, que estão com ele na campanha, é de que todos os compromissos assumidos possam não realizar. Acredito na continuidades de um grupo compromissado com o interior goiano, que será com a eleição do Zé Eliton.”, declarou o prefeito Pabio Mossoró (PSDB), de Valparaíso de Goiás, município do Entorno de Brasília.
De acordo com o prefeito de Valparaíso, a tese que circula entre os políticos da região do Entorno é que os primeiros anos de uma eventual gestão de Caiado serão utilizados para desidratar as prefeituras da atual base do governo estadual, com objetivo de criar dificuldades para eles na próxima eleição municipal. “Isso é muito ruim, pois vivemos um período de baixa arrecadação, de queda nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e sem a ajuda do governo estadual, fica quase impossível de custear as demandas básicas do município”, afirmou.
Também do Entorno, o prefeito Claudiênio (PSDB), de Padre Bernardo, afirma que o “estilo Caido” é conhecido. “Sabemos do estilo de Caiado, e que ao longo de sua história não teve o cuidado em defender as pessoas menos favorecidas e municípios, nos trazendo sérias preocupações com o futuro da nossa gente mais simples. Nós precisamos de um governo municipalista, e não retroagir ao passado desestabilizando cada dia mais os municípios já seriamente afetados pela crise que corrói o país”, avaliou.