Os efeitos da devastação provocada pelo furacão Harvey no Texas, nos EUA, vão chegar ao bolso do brasileiro. Nesta quinta (31), a Petrobras anunciou o maior reajuste no preço da gasolina vendida por suas refinarias desde que anunciou nova política de preços, no dia 30 de junho.
O aumento, de 4,2%, entra em vigor nesta sexta (1º) e é maior que toda a alta acumulada em agosto, que foi de 3,9%. O diesel subirá 0,8%.
No fim de julho, a gasolina chegou a subir 8,22% nas bombas, mas a alta foi provocada pelo aumento das alíquotas de PIS/Cofins.
O furacão, que atingiu a costa do Texas no sábado (26), levou ao fechamento de várias unidades industriais em uma região que concentra 16% de toda a capacidade de refino dos Estados Unidos.
“O preço está aumentando muito lá fora, e podemos esperar mais aumentos por aqui”, diz o consultor Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
Segundo a política de preços instituída em julho, a área técnica da Petrobras tem autonomia para realizar ajustes diários nos preços de acordo com a variação das cotações internacionais de do câmbio.
Em agosto, foram 22 alterações no preço da gasolina, 11 delas para cima. O preço do diesel foi ajustado 24 vezes, 13 delas para cima.
A disparada nas cotações internacionais, porém, ocorreu nesta semana, como resultado do Harvey. “Desde 2013, o preço não disparava tão rápido quanto agora”, comentou Pires.
Segundo a EIA (Agência de Informações em Energia dos EUA), só na quarta (30), a gasolina no atacado subiu 5,3% no golfo do México, onde estão as refinarias de Houston.
Na Bolsa de Nova York, os contratos futuros do combustível tiveram alta de 5,7%.
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