O furacão Maria atingiu nesta terça-feira (19) a ilha de Guadalupe, território francês no Caribe. Autoridades locais confirmaram a morte de pelo menos uma pessoa e há outras duas desaparecidas.
O furacão, que tinha sido rebaixado à categoria 4 no fim da segunda-feira (18), ganhou força nesta terça e voltou a ser classificado como categoria 5 pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). Os ventos chegaram a 280 km/h.
Cerca de 40% da população de Guadalupe (o equivalente a 80 mil casas) está sem energia na ilha. Outras 70 mil casas estão sem luz na ilha de Martinica, também território francês no Caribe.
Apesar disso, Jacques Witkowski, diretor-geral de segurança civil da França, disse que em Martinica, operações de reconhecimento ainda estavam em curso, “mas já podemos atestar que não há danos significativos”. Ele não fez uma estimativa dos estragos em Guadalupe.
Antes de chegar no território francês, a tempestade devastou a ilha de Dominica. Cerca de 70% das casas da ilha tiveram seus telhados arrancados pela tempestade.
O primeiro-ministro de Dominica, Roosevelt Skerrit, um dos afetados pelo fenômeno, afirmou nesta terça que os moradores da ilha perderam “tudo o que o dinheiro pode comprar e substituir”.
Sua casa foi uma das destelhada pela tempestade e ele teve que ser resgatado pelos bombeiros. Skerrit escreveu em uma rede social que “o vento levou o telhado das casas de quase todas as pessoas com as quais eu conversei ou fiz contato”. Ele também afirmou que o dano era “devastador (…), de fato incompreensível” e pediu “ajuda de todo tipo”.
O maior temor é o impacto que a tempestade terá em Porto Rico, onde deve chegar na manhã desta quarta-feira (20). Segundo o NHC, no atual estágio o furacão poderá causar inundações e enchentes e ameaçar vidas.
A prefeita de San Juan (capital de Porto Rico), Carmen Yulín Cruz, disse que a situação na ilha é desesperadora. Segundo ela, a perda de vidas pode ser “enorme”. Ela também afirmou que o país pode ficar até quatro meses sem energia após a passagem do Maria.
No início do mês, 68 pessoas morreram com a passagem de outro furacão, o Irma, pela região, sendo 36 em ilhas do Caribe. (Folhapress)