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Categorias: Brasil
| Em 10 anos atrás

Fundos de renda fixa estendem vantagem em relação à poupança

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São Paulo – Com a elevação em 0,5 ponto porcentual da taxa básica de juros (Selic) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) – para 12,75% ao ano -, os fundos de renda fixa estenderam ainda mais sua atratividade em relação à poupança, ficando mais vantajosos do que a caderneta em quase todos cenários.

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De acordo com um estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), fundos de renda fixa com taxas de administração de até 2% ao ano rendem mais do que a poupança independentemente do prazo de resgate. À taxa de 2,5%, a caderneta só é mais vantajosa no curto prazo, caso haja resgate em até seis meses. Em um ano, à mesma taxa, o rendimento é o mesmo que o da poupança. “Conforme a Selic vai subindo, a renda fixa vai ficando cada vez mais atrativa em relação à poupança, e agora está vencendo na maioria dos casos“, diz Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos Econômicos da Anefac.

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Atualmente, a poupança rende 0,60% ao mês e 7,44% ao ano (6,17% mais a Taxa Referencial). Assim, um investimento de R$ 10 mil vai valer, ao fim de 12 meses, R$ 10.744. Segundo a simulação da Anefac, com a nova Selic, o mesmo valor aplicado em um fundo com taxa de administração de 2% pagaria mais ao investidor, totalizando R$ 10.796 em um ano. Já num fundo com taxa de 3% ao ano o ganho é menor – R$ 10.693 em 12 meses.

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Desde agosto de 2013, quando a Selic chegou a 9,0% ao ano, os rendimentos das poupanças antiga e nova foram igualados. Com a Selic maior do que 8,5%, ambas as cadernetas rendem 0,50% ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da Taxa Referencial (TR). Sobre o investimento em poupança não há incidência do Imposto de Renda, diferentemente dos fundos.

Taxas

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A competitividade dos fundos de renda fixa está atrelada à taxa de administração, que tem relação direta com o montante aplicado. Segundo Oliveira, pequenos investidores, que aplicam até R$ 5 mil, costumam obter taxas a partir de 2% ao ano. Já investidores de grande porte, que aplicam a partir de R$ 100 mil, conseguem taxas de 0,5% ao ano, por exemplo.

A poupança só passa a ter uma atratividade maior em casos de taxa de 3,0%, que costuma ser para aplicações de baixo valor, de balcão“, diz Oliveira. Ele aponta, no entanto, que, à medida que a Selic aumenta, a renda fixa vai se tornando mais rentável em fundos com taxas maiores. Na simulação da Anefac, com a nova Selic, mesmo fundos com taxa de administração de 3% ao ano, considerada alta no mercado, já pagam mais ao investidor no longo prazo.

A tendência é de que os juros continuem subindo, com o dólar alto pressionando a inflação, que já está alta”, afirma Oliveira. “Por isso, o pequeno e médio investidor deve ser conservador, dando preferência a fundos DI para acompanhar a alta“, diz. Para Mauro Calil, especialista de investimentos do banco Ourinvest, pelos próximos 12 meses, a taxa básica de juros ainda deve ascender, ficando por volta de 14%. “Para pequenos montantes, o melhor é investir em fundos de renda fixa e CBDs“, afirma.

A renda fixa fechou o ano de 2014 com rendimento de 8,91%. Já a poupança avançou 7,02% e teve captação líquida no ano 66% menor do que em 2013.

(Fonte: Estadão Conteúdo)

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