O fundador da Amaq, o órgão de propaganda da facção EI (Estado Islâmico), morreu com sua filha em um ataque aéreo lançado na Síria pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, informaram nesta quarta-feira (31) rebeldes hostis ao ditador Bashar al-Assad.
Segundo ativistas, Baraa Kadek era próxima da liderança do EI e se reunia com o misterioso líder da milícia extremista, Abu Bakr al-Baghdadi. Um antigo colega de Kadek afirmou que ele e sua filha foram feridos em um bombardeio lançado na última sexta-feira (26) sobre a cidade de Mayadeen, em poder do EI, perto da fronteira com o Iraque, e que morreram na quarta.
Vários grupos rebeldes compartilharam a notícia de sua morte nas redes sociais.
Seu óbito também foi anunciado por seu irmão no Facebook. Nem a coalizão internacional, nem o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), no entanto, confirmaram a notícia.
O diretor da rede opositora Aleppo24, Mohammad Khaled, contou à AFP que conheceu Kadek em 2012.
Era “um dos primeiros revolucionários de Aleppo”, a segunda cidade do país, reconquistada pelo regime sírio, em 2016. Foi um ativo rebelde contra o regime de Assad até anunciar, no final de 2013, sua adesão ao “califado” do EI.
Instalou-se em Al-Bab (norte) para, então, passar para Raqa, principal reduto do Estado Islâmico. Há cerca de quatro meses fugiu dessa cidade, que é alvo das Forças Democráticas Sírias, inimigas do EI, contou Khaled.
“Sabíamos que estava criando essa agência [Amaq] em 2014, porque convidou todos os rebeldes de Aleppo a se unirem a seu projeto”, completou Khaled.
O EI costuma divulgar seus comunicados e reivindicar seus atentados por meio de seu perfil da Amaq no aplicativo de mensagens Telegram. (Folhapress)