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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Frigoríficos negam irregularidades e defendem qualidade da carne

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Empresas investigadas na operação “Carne Fraca”, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (17), negam irregularidades.

O objetivo da operação é desarticular uma suposta organização criminosa liderada por fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, que, com o pagamento de propina, facilitavam a produção de produtos adulterados, emitindo certificados sanitários sem fiscalização.

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A investigação revelou até mesmo o uso de carnes podres, maquiadas com ácido ascórbico, por alguns frigoríficos, e a re-embalagem de produtos vencidos.

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A JBS, por meio de sua assessoria, afirma em nota que a empresa “e suas subsidiárias atuam em absoluto cumprimento de todas as normas regulatórias em relação à produção e a comercialização de alimentos no país e no exterior e apoia as ações que visam punir o descumprimento de tais normas”.

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“A Companhia repudia veementemente qualquer adoção de práticas relacionadas à adulteração de produtos -seja na produção e/ou comercialização- e se mantém à disposição das autoridades com o melhor interesse em contribuir com o esclarecimento dos fatos”, diz a nota.

A BRF diz, por meio de comunicado, que está colaborando com as autoridades. Ela afirma não compactuar com práticas ilícitas e que seus produtos e a comercialização deles seguem “rigorosos processos e controles”

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“A BRF assegura a qualidade e a segurança de seus produtos e garante que não há nenhum risco para seus consumidores”, afirma a empresa.

Em nota, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, afirma que determinou o afastamento imediato de todos os envolvidos e a instauração de procedimentos administrativos. “Todo apoio será dado à PF nas apurações. Minha determinação é tolerância zero com atos irregulares no MAPA”, diz.

Ele afirma que suspendeu uma licença de dez dias que tiraria da pasta diante da deflagração da operação e que, neste momento, “toda a atenção é necessária para separarmos o joio do trigo”. “Muitas ações já foram implementadas para corrigir distorções e combater a corrupção e os desvios de conduta e novas medidas serão tomadas”.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que todos os produtos exportados pelo país são fiscalizados por técnicos nacionais e estrangeiros. “O Brasil é reconhecido internacionalmente pela qualidade e status sanitário de seus produtos, que são auditados não apenas pelos órgãos brasileiros como também por técnicos sanitários dos mais de 160 países para os quais exporta”, diz em nota.

A entidade ainda afirma que eventuais falhas são exceções. “São questões pontuais, que não refletem todo o trabalho desenvolvido pelas empresas brasileiras durante décadas de pesquisas e investimentos, para ofertar produtos de alta qualidade.”

O grupo Argus também divulgou comunicado em que nega irregularidades, diz obedecer “rigorosamente” as observações sanitárias e de qualidade do Ministério da Agricultura e que se solidariza com a ação da PF, “entendendo que a mesma (operação) trará benefícios significativos ao setor, através de uma competitividade justa e adequada entre seus players”.

O frigorífico Souza Ramos, do grupo Central de Carnes Paranaense Ltda, diz que “colaborou no que foi possível” e que vai continuar colaborando com a Polícia Federal. A empresa afirma seguir as exigências de qualidade.

Por meio de nota, o grupo disse ainda ser importante “que se desvincule a ideia de que todas as empresas investigadas pela polícia, de fato adulterem e/ou burlem a lei, e sim fazem parte da investigação pois necessitam dos serviços do MAPA”.

A Princípio Alimentos Ltda disse que foi chamada pela Polícia Federal como testemunha e que não tinha mais anda a declarar. A Sub Royal Comercio De Alimentos também disse que não vai se manifestar.

A reportagem entrou em contato e aguarda resposta das empresas Medeiros, Emerick & Advogados Associados, o frigorífico Rainha da Paz, Unifrango Agroindustrial S/A, Frigomax – Frigorifico E Comercio De Carnes Ltda, Bio-Tee Sul Am. Industria De Produtos Químicos E Op. Ltda e Primor Beef Jjz Alimentos S.A.

Peccin, Dagranja Industrial, Sidnei Donizeti Bottazzari ME, Fortesolo Servicos Integrados Ltda, Fratelli E.H. Constantino, Pavin Fertil Industria E Transporte Ltda, Primocal ind. E com. De fertilizantes ltda, Frigorífico 3D e Frango a Gosto, Santa Ana Comercio De Alimentos LTDA, Dalchem Gestão Empresarial LTDA, Fênix Fertilizantes LTDA, Multicarnes Representacoes Comerciais Ltda, Doggato Clínica Veterinária LTDA, Mc Artacho Cia Ltda, Smartmeal Comercio de Alimentos LTDA e Unidos Comércio De Alimentos Ltda não foram localizados.

Veja a íntegra do posicionamento das empresas:

JBS

“A JBS S.A. comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que, em relação a operação realizada pela Polícia Federal na manhã de hoje, a JBS esclarece que não há nenhuma medida judicial contra os seus executivos.

A empresa informa ainda que sua sede não foi alvo dessa operação. A ação deflagrada hoje em diversas empresas localizadas em várias regiões do país, ocorreu também em três unidades produtivas da Companhia, sendo duas delas no Paraná e uma em Goiás.

Na unidade da Lapa (PR) houve uma medida judicial expedida contra um médico veterinário, funcionário da Companhia, cedido ao Ministério da Agricultura.

A JBS e suas subsidiárias atuam em absoluto cumprimento de todas as normas regulatórias em relação à produção e a comercialização de alimentos no país e no exterior e apoia as ações que visam punir o descumprimento de tais normas.

A JBS no Brasil e no mundo adota rigorosos padrões de qualidade, com sistemas, processos e controles que garantem a segurança alimentar e a qualidade de seus produtos.

A companhia destaca ainda que possui diversas certificações emitidas por reconhecidas entidades em todo o mundo que comprovam as boas práticas adotadas na fabricação de seus produtos.

A Companhia repudia veementemente qualquer adoção de práticas relacionadas à adulteração de produtos – seja na produção e/ou comercialização – e se mantém à disposição das autoridades com o melhor interesse em contribuir com o esclarecimento dos fatos.”

BRF

“A BRF informa que, em relação à operação da Polícia Federal realizada na manhã desta sexta-feira, está colaborando com as autoridades para o esclarecimento dos fatos. A companhia reitera que cumpre as normas e regulamentos referentes à produção e comercialização de seus produtos, possui rigorosos processos e controles e não compactua com práticas ilícitas. A BRF assegura a qualidade e a segurança de seus produtos e garante que não há nenhum risco para seus consumidores, seja no Brasil ou nos mais de 150 países em que atua.”

Grupo Argus

“O Grupo Argus, detentor da marca Argus, empresa paranaense atuante ha 63 anos no mercado frigorífico, vem a público manifestar-se à respeito da recente operação liderada pela Superintendência da Polícia Federal do Paraná, denominada “CARNE FRACA”, nas considerações a seguir:

_a) Que o Grupo Argus obedece rigorosamente as observações sanitárias e de qualidade determinadas pelo SIF-Sistema de Inspeção Federal, do Ministério da Agricultura, da SEAB – Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná e Vigilância Sanitária, além dos demais órgãos reguladores que tem como premissa fiscalizar e garantir a qualidade plena dos produtos oferecidos ao mercado consumidor;_

_b) Que o Grupo Argus sustenta de maneira irrestrita instalações plenamente administradas pelo SIF e seus técnicos, sem interferir em qualquer hipótese em suas diligências, tampouco solicitando quaisquer favorecimentos e/ou outras ilicitudes em detrimento da qualidade de seus produtos, tendo o mesmo SIF total autonomia para fiscalizar sua planta industrial;_

_c) Que o Grupo Argus no âmbito da operação ensejada, colocou-se, a partir de todo seu corpo diretor e administrativo, inteiramente a disposição das autoridades policiais, atendendo irrestritamente e imediatamente todas as suas solicitações e mandados, ressaltando também a cordialidade, o profissionalismo e a lisura com que os agentes policiais conduziram a operação nas dependências da empresa;_

_d) Que o Grupo Argus se solidariza com a ação, informando que os questionamentos em virtude das práticas ilícitas direcionadas pela operação em curso não faz parte de sua política, código de valores e modus operandi, repudiando a mesma conduta por parte de quem quer que seja, entendendo que a mesma (operação) trará benefícios significativos ao setor, através de uma competitividade justa e adequada entre seus players;_

_e) Que o Grupo Argus ostenta uma história de 63 anos de relacionamento provado, aprovado e atestado pelo mercado qual participa ativamente, sendo este seu maior certificado de idoneidade, e que tem acima de qualquer interesse comercial, o respeito a seus clientes, fornecedores, parceiros e funcionários, oferecendo sempre produtos certificados nos mais rigorosos padrões de qualidade e em obediência a lei, inclusive servindo de modelo para outras plantas similares do país e do exterior;_

Desta forma, o Grupo Argus declara estar a inteira disposição da justiça para todo o qualquer esclarecimento que se fizer necessário sobre suas instalações e seus processos, no melhor espírito daqueles que nada tem a esconder, e daqueles que torcem para um país mais justo, íntegro e honesto.

Central de Carnes Paranaense

Em atenção à imprensa e à sociedade, em virtude de notícias veiculadas nesta sexta-feira (17), a empresa Central de Carnes Paranaense Ltda., dona das marcas Master Carnes, Novilho Nobre e Souza Ramos, esclarece que recebeu a visita dos policiais nesta manhã, e que colaborou no que foi possível e que continuará colaborando.

_Nenhum de nossos diretores e/ou funcionários está detido. É importante que se desvincule a ideia de que todas as empresas investigadas pela polícia, de fato adulterem e/ou burlem a lei, e sim fazem parte da investigação , pois necessitam dos serviços do MAPA, isto é, uma vez que todas as nossas empresa tem certificação do ministério, é necessário que sejamos auditados e fiscalizados pelo órgão.

Comprometidos com a verdade e a ética que sempre pautou nossa linha de procedimento, informamos que os produtos fornecidos por nossas empresas seguem a risca as exigências de qualidade.

Outro ponto que fazemos questão de destacar é, que acreditamos que esta investigação é de suma importância para uma concorrência leal no mercado, onde quem ganha é o consumidor.

Tenham a certeza de que a credibilidade de nossa empresa não ficará manchada, pois a nossa filosofia de trabalho sempre foi pautada na verdade e na ética.” (Folhapress)

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