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Franceses votam em legislativas; grupo político de Macron é favorito

Quase à metade do dia eleitoral, enquanto franceses votavam para sua próxima Assembleia Nacional, as urnas registravam um comparecimento menor do que o de 2012, data do último voto.

A taxa chegou a 19,24% ao meio-dia local (às 7h em Brasília), segundo um anúncio do Ministério do Interior, abaixo dos 21,06% de 2012.

As urnas fecham às 20h locais (às 15h em Brasília), quando devem ser divulgadas as primeiras bocas de urna. É proibido por lei publicar estimativas antes disso.

Este é o primeiro turno das eleições legislativas, que serão concluídas no próximo domingo (18), determinando o futuro do governo do centrista de Emmaanuel Macron, que foi eleito presidente em 7 de maio com 66% dos votos.

Macron precisa de uma maioria na Assembleia para poder implementar suas reformas, entre elas mudanças significativas na lei trabalhista, em um país cuja taxa de desemprego chega aos 10%.

Os resultados do primeiro turno indicarão seus augúrios, mas poucos legisladores devem ser eleitos sem passar pela segunda rodada -apenas aqueles que tiverem mais de 50% dos votos, um cenário improvável, dada a alta abstenção já prevista e o número de concorrentes.

Há 7.882 candidatos disputando os 577 assentos. Sondagens recentes preveem uma vitória com ampla margem do movimento República em Frente! (LREM), criado por Macron há apenas um ano.

Macron deve receber entre 397 e 427 assentos, segundo um levantamento realizado pela Ipsos. Os Republicanos, de centro-direita, teriam entre 95 e 115 cadeiras. O Partido Socialista, entre 22 e 32. Já a Frente Nacional, da direita ultranacionalista, 15 vagas.

Embora tenha sido segunda colocada na eleição presidencial com 34% dos votos, a sigla de Marine Le Pen é bastante prejudicada pelo modelo distrital, que só elege o deputado com a maioria em cada unidade eleitoral.

A pesquisa foi feita com 1.995 pessoas em 7 e 8 de junho. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.

Ao contrário das eleições presidenciais, o segundo turno das legislativas pode ter mais de dois candidatos –todos os que superem os 12,5% do total de eleitores registrados são classificados.

Já prevendo sua derrota, a oposição concentrou sua campanha na ideia de que é preciso ter um número considerável de legisladores para contrabalancear o governo Macron neste mandato.

“Não deveríamos ter um partido com monopólio”, disse o ex-premiê socialista Bernard Cazeneuve à agência de notícias Reuters.

“Terceiro turno”

De tão importante que é a Assembleia Nacional para o andamento do governo, as eleições legislativas são conhecidas na França como um tipo de “terceiro turno”.

Se não contar com a maioria dos legisladores, Macron será obrigado a aceitar um primeiro-ministro escolhido pela oposição. Essa situação, conhecida como coabitação, não ocorre desde 2002, com Jacques Chirac.

A obrigação é resultado da necessidade de aprovar o premiê em um voto de confiança da Assembleia, impossível sem a maioria.

Na coabitação, o presidente -cargo de chefe de Estado na França -tem os seus poderes reduzidos a decisões de diplomacia e de defesa. (Folhapress)

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Thais Dutra

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