Bicampeã mundial, a seleção francesa foi recebida com festa nesta segunda-feira (16), dia do retorno para casa após a conquista da Copa do Mundo da Rússia.
A delegação vencedora desembarcou no aeroporto Charles Gaulle, localizado na região de Paris, pouco antes das 17h no horário local (12h no horário de Brasília).
Logo que o avião aterrissou, um longo tapete vermelho foi estendido para que jogadores, comissão técnica e o presidente francês, Emmanuel Macron, que viajou com a delegação, desfilassem por ele.
Hugo Lloris, goleiro e capitão da equipe, foi o primeiro a aparecer, com a taça em mãos, seguido pelo técnico, Didier Dechamps, o terceiro da história a conquistar a Copa como jogador e treinador. Todos foram saudados durante o desembarque por funcionários do aeroporto e da empresa área que levou a equipe.
Em seguida, os vencedores desfilaram em carro aberto pelas ruas de Paris. O ápice foi a passagem pela avenida Champs-Élysées. Milhares de torcedores tremulavam bandeiras do país em meio a uma fumaça também colorida em azul, branco e vermelho, espalhada por aviões que cruzavam o céu da capital francesa.
A delegação também foi recebida pelo presidente e pela primeira-dama, Brigitte Macron, no palácio do governo. Antes de entrarem no prédio, Lloris exibiu o troféu aos franceses, e alguns conseguiram tocá-lo rapidamente.
No encontro, os jogadores entoaram o hino nacional e cânticos da torcida. O volante Paul Pogba, um dos destaques da seleção no Mundial, era o mais animado do grupo de atletas. Ele puxou músicas e fez piadas com o colega N’Golo Kanté, considerado tímido pelos companheiros.
O presidente irá condecorar os campeões mundiais com a Legião de Honra, a mais alta distinção do país, entregue para cidadãos e atletas por “serviços excepcionais” prestados à nação. A Ordem nacional da Legião de Honra foi instituída por Napoleão Bonaparte em 1802 e é uma das distinções mais conhecidas no mundo.
O grupo campeão em 1998, entre eles Deschamps, também recebeu a honraria. Não há data definida para a condecoração dos atuais campeões.
Segundo o jornal Le Figaro, muitas pessoas se manifestaram nas redes sociais reclamando do curto tempo do desfile em carro aberto, cerca de 20 minutos.
Desagradou também a seleção não ir ao Hotel de Crillon, na Place de La Concorde, onde faria aparição no terraço para uma multidão. O motivo do cancelamento não foi informado.
A celebração iniciou-se no domingo (15), logo após a vitória por 4 a 2 sobre a Croácia, e se estendeu pela madrugada.
Mas nem tudo foi festa no título francês. No domingo, a comemoração se transformou em alguns atos de vandalismo contra lojas e bancas de Paris, além de saques.
Duas pessoas morreram. Um homem de 50 anos quebrou o pescoço ao mergulhar em um canal na cidade de Annecy. Em Saint-Felix, outro homem morreu ao colidir seu carro em uma árvore durante as comemorações. Ao menos 292 pessoas foram presas, 102 delas em Paris. Além disso, 45 policiais e agentes de segurança ficaram feridos.