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Cidades
| Em 2 anos atrás

Fórum Transexuais de Goiás lança cartilha de diretrizes para a saúde sexual das trans

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Neste domingo (29) é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data visa promover direitos e combater preconceitos contra pessoas transexuais. A saúde sexual da população trans também entra em discussão, e pensando nisso o Fórum Transexuais de Goiás lança nesta segunda-feira (30), às 17h no Shopping Passeio das Águas, uma cartilha com informações e orientações sobre quais as ISTs mais comuns e como se prevenir.

Ao Diário de Goiás, Beth Fernandes, uma das organizadoras do evento, explica que o intuito da cartilha é levar informações, principalmente sobre a transmissão do HIV em população mais vulnerável. ”A ideia é fazer com que a pessoa tenha consciência do sexo seguro e da melhor forma que ela possa manter uma vida sexual saudável”, comenta.

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Beth explica que a cartilha também serve como uma ‘porta’ para o processo transexualizador, ou seja, para quem deseja fazer a cirurgia de troca de sexo. Assim levando discussão de como a população trans pode manter uma vida sexual ativa.

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”Temos que pensar na cartilha como um guia de proteção, não só como informação. Temos que pensar no processo educativo da cartilha”, destaca Beth. A cartilha chama atenção de como se prevenir do HIV e como não transmitir a doença para outras pessoas. De acordo com Beth foi dentro deste contexto que a cartilha foi criada, pensando no processo educativo onde a população tenha noção que ela pode usar as metodologias PrEP, ou seja, profilaxia contra o HIV antes da exposição e a PEP, a profilaxia após a exposição ao risco de ter HIV ou outras ISTs, para que assim ela não venha ser uma pessoa contaminada.

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De acordo com Beth nos últimos quatro anos, a área da Saúde no Brasil não promoveu campanhas educativas sobre ISTs. ”Nós vivemos uma pandemia, as pessoas ficaram on-line e não tiveram acesso à campanhas de prevenção especificamente ao HIV. Tivemos uma ”fumaça” nestes últimos quatro anos que impediu a discussão sobre a sífilis, hepatites virais e todas ISTs, não houve sequer uma discussão sobre essas condições”, afirma.

Em 2021, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 milhão de pessoas em todo mundo adquiriram o vírus HIV, e outras mais de 600 morreram por conta da doença. Para Beth essa situação é preocupante. ”Fizeram a contagem de morte pela Covid-19, mas a gente perdeu a contagem de mortes das pessoas para o HIV”, comenta. ”Voltar essa discussão no dia da visibilidade trans é falar de vidas”, completa.

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Leonardo Calazenço

Jornalista - repórter de cidades, política, economia e o que mais vier! Apaixonado por comunicação e por levar a notícia de forma clara, objetiva e transparente.