As Forças Armadas fazem uma operação nas favelas Vila Kennedy e Vila Aliança, na zona oeste do Rio de Janeiro, e Coreia, na região metropolitana, na manhã desta sexta-feira (23).
Na operação, cerca 3.200 militares fazem cercos, desobstrução de vias e ações para estabilização nas favelas. Segundo a secretaria, algumas vias e acessos as favelas poderão ser interditados e o espaço aéreo controlado para aeronaves civis. Não haverá interferência nas operações dos aeroportos.
A ação das Forças Armadas, iniciada por volta das 5h, é acompanhada no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle), na Cidade Nova, por representantes de todas as instituições envolvidas na operação, que orientam os militares em tempo real.
OUTRAS OPERAÇÕES
Na última terça (20), militares fizeram um cerco à favela Kelson’s, na região da Penha, zona norte da cidade. Ao menos quatro suspeitos foram presos.
As entradas da comunidade foram ocupadas pelos militares do Exército. Moradores são submetidos a revista de soldados antes de deixarem a favela, que é vizinha do CIAA (Centro de Instrução Almirante Alexandrino), da Marinha.
O quartel é o maior e mais diversificado centro de formação de praças da Marinha.
Os traficantes da favela são conhecidos pela ousadia. O quartel é separado da comunidade dominada pelo Comando Vermelho por apenas um muro.
Um dia antes, equipes do Exército montaram barreiras nas principais entradas do Complexo do Chapadão. Atentos à movimentação, os moradores dos bairros de Guadalupe e Anchieta foram discretos e evitaram comentar a movimentação.
Centenas de militares entraram em pontos estratégicos do complexo de favelas, que se estendem pelos bairros de Guadalupe, Pavuna e Anchieta. O Complexo do Chapadão é dominado pelo tráfico e por gangues de roubo de cargas.
Nas duas primeiras horas de operação na entrada da rua Fernando Lobo, a reportagem presenciou apenas um gesto de apoio aos militares. Uma criança de dois anos pediu ao pai para cumprimentar um soldado.