As Forças Armadas e as polícias civil e militar fazem, nesta quarta (16), uma operação contra o tráfico de drogas e roubos de rua em Niterói, na região metropolitana do Rio.
Até o final da manhã, 20 mandados de prisão preventiva haviam sido cumpridos e um menor fora detido. Seis carros e uma moto haviam sido apreendidos. Um homem das Forças Armadas foi baleado na mão durante uma troca de tiros.
O objetivo é coibir o tráfico de drogas e roubos de rua numa região que engloba seis favelas de Niterói, município que, assim como o resto do Estado, vem sofrendo aumento da violência diante da crise dos cofres públicos e da segurança pública no Rio.
Há no Estado uma tendência de espalhamento da mancha criminal para fora da capital, especialmente para a Baixada Fluminense e também para a região de Niterói, alvo da operação desta quarta-feira.
Uma hipótese de especialistas para esse fenômeno é a própria instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) na capital. Isso teria provocado a migração de criminosos para outras regiões. Participam da operação 3.150 homens, entre integrantes das Forças Armadas, da Polícia Civil e da Polícia Militar.
O papel das Forças Armadas na operação é fazer um cerco à área onde ocorre a operação para impedir a fuga de suspeitos e evitar que pessoas de fora da região entrem nela e se exponham a risco.
A operação deve durar até que se atinja o objetivo, que é de cumprir 26 mandados de prisão, dois de busca e apreensão de menores e 34 mandados de busca e apreensão domiciliar.
Esta é a segunda operação feita em conjunto por forças policiais e Forças Armadas. A primeira, contra roubo de cargas, feita no último dia 5, teve um resultado “razoável”, na visão do ministro da Defesa, Raul Jungmann. Nenhum fuzil foi capturado. Dois supostos criminosos e um policial militar morreram.
Desta vez, dizem as forças de segurança, o objetivo não eram apreender fuzis, mas deter suspeitos de tráfico e roubo. Diante da crise que o Estado enfrenta, o governo federal autorizou o uso das Forças Armadas para atuarem na segurança pública em todo o Estado.
O plano do governo federal para a segurança pública no Rio deve consumir quase R$ 2 bilhões até o fim de 2018. O número de mortes violentas no Estado no primeiro semestre deste ano (3.457) cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2016. Foi o pior primeiro semestre desde 2009 (3.893). (Folhapress)