O governo de Roraima confirmou nesta quarta-feira (18) que “entre três e quatro” detentos fugiram durante a madrugada da Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo), em Boa Vista (RR). O presídio foi palco do massacre de 33 presos no último dia 6. Os detentos teriam escalado o muro do presídio usando pedaços de ferro.
Os soldados da Força Nacional que desembarcaram no último dia 10 em Boa Vista, enviados pelo governo federal, tiveram a orientação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de não atuar em presídios, contrariando um pedido por escrito feito pela governadora de Roraima, Suely Campos (PP).
Agentes penitenciários disseram, sob a condição de não ter os nomes divulgados, que a Força Nacional não estava nas imediações da Pamc no momento da fuga desta quarta.
O governo de Roraima disse que está apurando a informação. Segundo os agentes, os veículos da Força Nacional apenas passam em ronda nas ruas próximas do presídio de quando em quando, alternando com o policiamento nas ruas de Boa Vista, e não estão fixados nas imediações da penitenciária.
Procurado, o Ministério da Justiça não havia se manifestado até a publicação deste texto. Antes da fuga, a Força Nacional havia atuado nas cercanias da Pamc.
Na madrugada desta terça (17), a polícia prendeu em flagrante um casal que estava perto de uma lixeira externa da Pamc com 14 celulares e carregadores, cerca de 800 gramas de maconha, 300 g de cocaína e fones de ouvido.
Segundo o governo de Roraima, a suspeita é que o material seria escondido na lixeira “para, ao amanhecer, quando os detentos fossem deixar o lixo no local, recolhessem as drogas e celulares”.
A mulher presa é cadastrada na penitenciária como visitante de um detento que cumpre regime fechado. Desde a chacina do dia 6, mais um preso morreu na Pamc. Fausto Nazário da Silva, 53, acusado de latrocínio, foi achado enforcado numa cela na tarde desta terça (17). A polícia investiga o caso.
(Folhapress)