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‘Foi brincadeira de muito mau gosto’, diz um dos que insultaram russa em vídeo

Por 6 anos atrás

“Entrei de gaiato na história. Foi uma brincadeira de muito mau gosto. Lamento ter aparecido nisso, mas brasileiro, quando vê uma câmera, quer se meter na frente.”

Um dos rapazes que aparece no polêmico vídeo em que torcedores brasileiros cercam uma jovem russa gritando “essa é rosinha”, em alusão à cor de seu sexo, disse em um bar de Moscou que está arrependido de sua participação no episódio, que ele ressalta foi quase por acidente. 

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Sem se identificar, mas chamado de Josué por um grupo de amigos, o jovem aparece numa das duas versões do vídeo que viralizaram na internet. Ele pode ser visto entrando em câmera num segundo momento, quando a roda de torcedores cantando já estava formada em torno da mulher.

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Seus amigos, no entanto, o impediram de continuar a conversa e ameaçaram tomar o gravador da reportagem, dizendo, nesse momento que “estavam sendo machistas”.

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Minutos antes do encontro, no entanto, Rita Bento, uma torcedora brasileira que conheceu Josué e outros rapazes que aparecem nas imagens em Moscou, defendeu os novos amigos feitos na viagem.

“O Brasil está sendo ridículo. Quem escuta funk, que é só putaria, achar que ‘boceta rosa’ é mancada é hipócrita”, ela disse. “Foi uma brincadeira de mau gosto, mas quem nunca cantou MC Kevinho?”

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Bento afirmou ainda que os garotos do vídeo -além de Josué, o advogado pernambucano Diego Valença Jatobá e o policial de Santa Catarina Eduardo Nunes também foi identificado- têm receio de continuar na Rússia.

“Eles estão com medo, estão querendo até sair daqui”, ela disse. “É gente boa e honesta que entrou na brincadeira sem querer e agora sofrem com as consequências de uma brincadeira imprudente.”

Breno Salgado, outro torcedor brasileiro que diz também ter conhecido dois dos rapazes do vídeo na capital russa, descreveu os amigos como “pessoas da melhor qualidade”, dizendo que a reação às imagens é desproporcional.

“Não teve assédio nenhum ali, ninguém forçou a menina a fazer nada”, disse.

“No máximo, foi uma piada infantil, uma piada pesada, mas morreu ali. Não precisa ir atrás da vida dos caras. Tem cara aqui preocupado se vai perder o emprego ou não. Ninguém agrediu a mulher, ninguém forçou a mulher a fazer nada.” completou. (Folhapress)

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