O Fluminense é o quinto time brasileiro nas quartas de final da Copa Libertadores. Os cariocas confirmaram o favoritismo, voltaram a ganhar do Cerro Porteño, do Paraguai, desta vez por 1 a 0 no Maracanã, e agora desafiam o Barcelona de Guayaquil, por vaga nas semifinais, nos próximos dois meios de semana.
Com vantagem de 2 a 0 criada em Assunção, os cariocas poderiam até perder por um gol de diferença no Rio que garantiriam a vaga Foram além e, sem trabalho, voltaram a ganhar, desta vez por 1 a 0, gol do atacante Fred.
O 13º gol do artilheiro na temporada veio em cobrança de pênalti Mas poderia ter sido um golaço. O atacante recebeu dentro da área e ia aplicando um belo chapéu em Carrascal. O lateral impediu a conclusão do lance ao colocar a mão na bola.
Sem tempo a descansar, os cariocas terão uma semana para se preparar para receber os equatorianos, que surpreenderam num grupo com Boca Juniors e Santos ao avançarem em primeiro, com 13 pontos. Antes da partida no Maracanã, passagem por Belo Horizonte em confronto com o América-MG, no Brasileirão.
Com duas semanas de atraso em decorrência do acidente fatal do filho do técnico Francisco Arce, as equipes entraram no Maracanã para definir o último classificado às quartas de final. Os cariocas tranquilos com os 2 a 0 da ida e os paraguaios prometendo reação.
Bastou a bola rolar, porém, para o Fluminense dar mostras que não ficaria apenas administrando a boa vantagem. Logo com um minuto, Nenê mandou a bola para as redes de Jean. O lance não valeu e o meia ainda sentiu dores no joelho.
Foram alguns minutos de incômodo ao veterano de 40 anos em campo Por vezes, parou e se agachou para passar a mão no local dolorido. O corpo aqueceu e ele resistiu ao primeiro tempo inteiro e boa parte do segundo.
Deu até enorme pique para festejar o gol de Fred, aos 23 minutos O centroavante cobrou pênalti que ele mesmo cavou ao tentar chapéu em Carrascal. Mesmo atrás, os paraguaios exigiram somente uma defesa de Marcos Felipe antes do intervalo.
O Cerro Porteño pouco produzia e o Fluminense, com 3 a 0 no agregado, mostrava pouca ambição. Nada de correr riscos de lesão ou forçar um desgaste desnecessário. Restavam 45 minutos para aprimorar o entrosamento e “treinar” para um mata-mata que promete ser mais duro contra um rival jogando melhor que os paraguaios.
O retorno dos vestiários foi com times mais dinâmicos. O Fluminense levou novo susto com Carrizo quase empatando. A bola bateu em Luccas Claro e foi para fora. Apenas com três gols os visitantes buscariam uma classificação que seria heroica. Não fizeram nenhum.
Com um rival aberto e no desespero, o Fluminense é quem podia até ampliar sua folgada vantagem no mata-mata. Gabriel Teixeira e Luiz Henrique tiveram boas chances. Um errou a finalização e o outro parou em boa defesa de Jean. Os lances não fizeram falta e a festa foi brasileira.
FICHA TÉCNICA:
FLUMINENSE 1 x 0 CERRO PORTEÑO
FLUMINENSE – Marcos Felipe; Samuel Xavier, Manoel, Luccas Claro e Egídio; Martinelli (André), Yago Felipe e Nenê (Paulo Henrique Ganso); Luiz Henrique (Kayky), Gabriel Teixeira (Lucca) e Fred (Abel Hernández). Técnico: Roger Machado.
CERRO PORTEÑO – Jean; Espínola, Alexis Duarte, Patiño, Adorno (Rodríguez) e
Villasanti; Carrascal, Aquino (Morales), Carrizo (Martínez) e Mateus Gonçalves; Boselli (Luis Vargas). Técnico: Francisco Arce
GOL – Fred (pênalti), aos 23 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Paulo Henrique Ganso, Gabriel Teixeira, Luiz Henrique e Samuel Xavier (Fluminense) e Villasanti, Aquino, Patiño e Espínola (Cerro Porteño).
ÁRBITRO – Wilmar Roldán (COL).
RENDA E PÚBLICO – Jogo disputado com portões fechados.
LOCAL – Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).
(Conteúdo Estadão)