Em oposição à ideia de que o comércio de flores está relacionado somente às datas comemorativas, esse é um mercado que está em constante expansão econômica. No ano passado, por exemplo, o crescimento desse setor superou a estimativa do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), que esperava um aumento de 6% a 8% do setor em relação aos R$ 6 bilhões faturados em 2015, já que, segundo o instituto, ainda na metade do ano essa meta já havia sido superada.
Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), um dos motivos desse resultado é que houve uma mudança no comportamento dos consumidores em relação às floriculturas e que, nesse momento, “as mulheres deixam de ser recebedoras e passam a ser consumidoras diretas”. Ainda segundo a empresa, as flores ganharam outra significação surgindo “como tendência o crescimento do mercado de flores como presente complementar e como símbolo de qualidade de vida, aumentando o espaço do consumo de flores para uso próprio”.
Hoje em dia, a comercialização de arranjos ornamentais é muito comum não somente nas tradicionais floriculturas, mas também em supermercados e lojas de diversos segmentos. A compra de flores pela internet é, também, um ramo em grande crescimento graças às vantagens que esse tipo de serviço oferece ao consumidor, como o funcionamento 24 horas, a agilidade e a possibilidade de comparação de preços em poucos cliques, por exemplo. Outra grande vantagem para o comprador de e-commerce é a facilidade do frete para diferentes estados brasileiros, como é o caso da empresa de flores online Isabela Flores, por exemplo, que oferece o serviço de entrega em todo o território nacional.
Empreendedores que estão pensando em apostar no ramo, no entanto, devem ter um cuidado diferenciado com esse tipo de negócio. Afinal, por conta da delicadeza da matéria prima, existem cuidados especiais para o preparo e produção dos arranjos de flores. O varejista precisa, primeiramente, estar atento à demanda e priorizar o equilíbrio no giro de estoque, ou seja, a quantidade de flores que são comercializadas para evitar o acúmulo de produtos e, consequentemente, o desperdício de espécies.
É necessário levar em conta as espécies de flores que são mais consumidas no país. De acordo com a Câmara Central de Floricultura do Estado de São Paulo, Crisântemo, Orquídea, Azaléia, Begônia e Lírio são algumas das flores em vaso mais procuradas. Gérbera, Rosa e Áster estão entre as preferências em buquês. Para quem deseja comercializar plantas, Samambaia, Tuia e Fícus estão, também, entre as mais procuradas.
Capacitação profissional: a primeira faculdade de flores do Brasil
Organização no processo de produção é outro ponto importante para garantir a conservação e a qualidade do produto. Por isso, é fundamental a obtenção de conhecimentos especializados na área, e, atualmente, existem diferentes cursos profissionalizantes para floristas.
Por fim, uma das grandes novidades do setor é a primeira Faculdade de Flores do Brasil, que foi inaugurada este ano na cidade de Holambra – localizada no estado de São Paulo – e é referência nacional no fornecimento de diferentes espécies. O curso de nível superior reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação) visa a formação tecnológica em Agricultura com ênfase em Horticultura e Floricultura.