Após anos de negociações, foi assinado ontem (26), pela Companhia Energética de Goiás (Celg) e a Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), o compromisso de compra e venda de 51% das ações da estatal goiana.
De acordo com o vice-presidente e diretor de regulação da Celg, Elie Chidiac, o acordo é fundamenttal para a transferência das ações para a Eletrobrás. Segundo ele, a negociação tem seu próprio ritmo. “Demorou um pouco pela prorogação da concesão, mas ela trará muitos lucros para a população goiana e para o governo do Estado de Goiás”, afirma.
A retomada da concessão para a união estava em processo desde 2008, ao mesmo tempo, o fim da concessão da Celg estava previsto para o dia 15 de julho do ano que vem, o que poderia diminuir o valor da empresa. Segundo Chidiac, com a nova concessão válida para os próximos 30 anos, a empresa que valia centena de milhões de reais, passou para vários bilhões.
Elie Chidiac ainda defende que os 49% que permanecerão com o Estado, no caso de uma possível provatização, garante a mais valia que pode varia de 70% a 100% do valor da empresa.
A empresa tem uma dívida na ordem de R$ 7 bilhões, mais R$ 3 bilhões em ações trabalhistas e indenizações, segundo o vice-presidente da empresa. De acordo com ele, a Eletrobrás já concedeu R$ 3,5 bilhões e mais um empréstimo do do governo federal no valor de R$ 1,9 bilhão já para os próximos dias.
A transferência total deve acontecer depois de trâmites formais na bolsa de valores, já que as empresas são de capital aberto. Este processo pode durar até três meses.