Na madrugada de 31 de março para 1 de abril de 1964 acontecia um marco histórico no Brasil: o golpe de Estado, também conhecido como a revolução de 1964. Na data, uma intervenção militar ditatorial derrubou o governo do presidente eleito de forma democrática, João Goulart.
Passados 57 anos, a data continua viva e celebrada por brasileiros, em constante defesa à democracia e à liberdade. No decorrer deste tempo, algumas ficções foram produzidas a fim de retratar o período político.
Deste modo, o Diário de Goiás separou uma lista de produções que relembram a história brasileira. Confira:
– Jango (Silvio Tendler, 1984) – A trajetória política de João Goulart, o 24º presidente brasileiro, que foi deposto por um golpe militar nas primeiras horas de 1º de abril de 1964.
– O que é isso, companheiro? (Fernando Gabeira, 1997) – O jornalista Fernando e seu amigo César abraçam a luta armada contra a ditadura militar no final da década de 60, após a publicação do AI-5. Os dois se alistam em um grupo guerrilheiro de esquerda e, em uma das ações do grupo militante, César é ferido e capturado pelos militares. Fernando então planeja o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, para negociar a liberdade de César e de outros companheiros presos.
– O ano que meus pais saíram de férias (Cao Hamburger, 2006) – Um belo dia, os pais de Mauro precisam viajar inesperadamente e o deixam aos cuidados de um vizinho judeu, o velho Shlomo. O filme mostra as marcas da ditadura brasileira na vida familiar, sob o olhar de um menino mineiro em 1970.
– Memórias femininas da luta contra a ditadura militar (Instituto de História/UFRJ, 2015) – O documentário é um projeto do Laboratório de Estudos do Tempo Presente, que aborda a trajetória de mulheres que atuaram na resistência à ditadura militar brasileira a partir de depoimentos do acervo “Marcas da memória: história oral da anistia no Brasil”.
– Torre das Donzelas (Susanna Lira, 2018) – Quarenta anos após serem presas durante a ditadura militar na Torre das Donzelas, como era chamada a penitenciária feminina, ao lado da ex-presidente da República Dilma Rousseff, um grupo de mulheres revisita a sua história.
– Eles não usam black-tie (Gianfrancesco Guarnieri, 1981) – Otávio é um militante sindical que organiza um movimento grevista para resistir as práticas exploradoras de uma metalúrgica, onde seu filho Tião trabalha. Mas com a namorada grávida, Tião resiste à greve para não perder o emprego.
– Marighella (Wagner Moura, 2019) – A ficção conta a história de Carlos Marighella, assassinado pela ditadura militar e que deixou um legado que se estendeu por diversas gerações.
– Retratos de Identificação (Anita Leandro, 2014) – Dois ex-guerrilheiros que lutaram contra a ditadura militar se deparam, pela primeira vez, com fotografias tiradas pela polícia no momento de suas respectivas prisões.
– Que bom te ver viva (Lucia Murat, 1989) – Murat, que foi torturada no período da ditadura militar, narra a vida de algumas mulheres brasileiras que pegaram em armas contra o regime militar. Há uma série de depoimentos de guerrilheiras e cenas do cotidiano dessas mulheres que recuperaram, cada uma à sua própria maneira, os vários sentidos de viver.