“Gastar bem e com transparência para sobrar dinheiro para investimentos.” Esta é a meta colocada pela nova secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa que substitui José Taveira. Segundo ela, uma das tarefas principais será a de dar continuidade aos ajustes fiscais no governo de Goiás.
A secretária destacou que um dos objetivos principais é de buscar eficiência na gestão fiscal para que se consiga a capacidade necessária de investimentos. Ana Carla acredita que desta forma será possível a manutenção de progressos nos indicadores das áreas sociais.
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Sobre a Reforma Administrativa articulada por Marconi Perillo e aprovada pela Assembleia Legislativa, a secretária apontou que pretende continuar promovendo o ajuste fiscal. “Isso faz parte de um conjunto de medidas necessárias para que o governo possa agir de forma motriz para o desenvolvimento. Estou aqui para garantir que isso aconteça e dar continuidade ao projeto.”
Ana Carla prevê que os próximos anos sejam difíceis para a economia nacional. No entanto, ela acredita que é possível manter Goiás numa situação de desenvolvimento.
A economista é filha da senadora Lúcia Vânia e do ex-governador do Estado, Irapuan Costa. Ela é doutora em economia. Ao aceitar o cargo de secretária da Fazenda, deixou o cargo de diretora de Modelagem e Pesquisa do Itaú Unibanco em São Paulo.
De acordo com o governador Marconi Perillo, não houve indicação política. Segundo ele, o convite a Ana Carla foi feito devido à experiência dela na área, nível de relacionamento, competência e qualificação.
Relação com o governo federal
A nova secretária da Fazenda disse que não apenas a qualificação profissional e o currículo dela a credencia para assumir o posto. Para ela, o fato de ser goiana, por ser filha de políticos e ainda por conhecer a politica, foram fatores que pesaram em aceitar o convite feito pelo governador.
“Esse é um ponto que me deu tranquilidade de aceitar um cargo desta responsabilidade” ressalta Ana Carla Abrão.
Sintonia com outras pastas
O governador Marconi Perillo apontou a necessidade da atuação conjunta da nova secretária da Fazenda com o vice-governador José Éliton Júnior que será o novo responsável pela área de desenvolvimento econômico.
“Ela vai atuar muito fortemente de José Éliton que será secretário de desenvolvimento econômico. Deverá haver plena sintonia entre os dois para que se possam buscar mais investimentos para o estado”, analisa Perillo.
A nova secretária informou que é possível uma boa relação com o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ela relatou que os dois possuem diversas afinidades técnicas e que se conhecem há muito tempo, por conta da atuação dos dois no mercado financeiro. “De fato existe uma afinidade. Facilita a interlocução com certeza”, analisa Ana Carla Abrão.
Situação financeira atual
O atual secretário da Fazenda José Taveira explicou que entregará o cargo com as despesas do Estado em dia. O secretário da Fazenda informou que 40 a 50% da folha de pagamento de dezembro dos servidores estaduais serão antecipados e depositados na próxima segunda-feira (22). O restante será pago no dia 30 de dezembro. “Isso mostra a tranquilidade da situação financeira do Estado”, argumenta.
Alteração no Superávit Primário
Durante o anúncio da nova secretária da Fazenda, houve questionamentos a respeito de lei aprovada recentemente na Assembleia Legislativa que promove a modificação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). De acordo com o secretário da Casa Civil, José Carlos Siqueira, a alegação é que se pretendia corrigir o valor do resultado primário na LDO para que ficasse compatível com o que vigora no Programa de Reestruturação e de Ajuste Fiscal.
“Quando da elaboração e aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2013, que suportou certamente a construção do Orçamento de 2014 foi estabelecido um nível de Superávit Primário que em decorrência das operações de crédito que visaram investimentos principalmente em obras de infraestrutura rodoviárias no estado de Goiás, este superávit primário sofreu uma alteração que poderia nos levaria uma dificuldade no fechamento das contas” explica Siqueira.
O secretário destacou que por conta desta dificuldade foi feita a mudança na LDO, mas que isto não traz prejuízo as contas do estado.
“O que nós fizemos foi estabelecer uma alteração na LDO de 2013 para estabelecer um novo nível superávit primário compatível com as operações de crédito realizadas. Isso em nada desqualifica as contas nem os equilíbrios das contas do Estado de Goiás. Mas o cumprimento de situações estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal” relata Siqueira.