A Fifa enviou comunicado a Justiça dos Estados Unidos declarando ser vítima do escândalo de corrupção que envolve a entidade que administra o futebol mundial. Dezenas de dirigentes da Conmebol e da Concacaf foram presos no ano passado durante congresso na Suíça.
Além de buscar limpar sua imagem, a Fifa pede o reembolso de 190 milhões de dólares que já foram recuperados pelas autoridades americanas durante o período de investigações.
Dirigentes que estão envolvidos nos escândalos serão alvo da Fifa que vai aciona-los na Justiça solicitando a devolução de 28 milhões de dólares, que foram gastos com salários, passagens, hospedagens e diárias entre 2004 e 2015.
Entre os cartolas estão os ex-presidentes da CBF: Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero que deveriam devolver 5,3 milhões de dólares (20 milhões de reais)
Os dirigentes brasileiros são acusados pelas autoridades americanas de pedir e receber propinas para contratos da CBF e da Conmebol.
José Maria Marin que foi preso na Suíça, está em prisão domiciliar em Nova York. Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero estão no Brasil e deixaram de viajar para fora do país.
No texto do comunicado, assinado pelo presidente Gianni Infatino, a Fifa deixa claro que no seu ponto de vista que os dirigentes agiram de má fé e que trouxeram prejuízos a imagem do futebol mundial.
“Os réus abusaram de seus cargos de confiança na Fifa e causaram prejuízo grave e duradouro para o futebol. O dinheiro que embolsaram pertencia ao futebol e estamos determinados a obtê-lo de volta, não importa quanto tempo levar”.
“Durante muitos anos, os réus grosseiramente abusaram de seus cargos de confiança para enriquecerem-se, enquanto causavam danos diretos e significativo para a Fifa. Os prejuízos incluem grandes perdas financeiras (incluindo, mas não se limitando a perdas de salários e/ou benefícios pagos aos réus), bem como danos à reputação da Fifa, a propriedade intelectual e as relações de seus negócios”.
“O dano causado pela ganância dos acusados não pode ser subestimada. Suas ações mancharam profundamente a marca da Fifa e prejudicaram a capacidade da Fifa de usar seus recursos para realizar ações positivas em todo o mundo”.