SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ditador cubano, Fidel Castro, fez algumas visitas ao Brasil, entre conferências internacionais, escalas técnicas e cerimônias de posses presidenciais.
A primeira delas foi em 1959. Era abril e fazia só quatro meses que Fidel assumira o cargo de premiê do novo regime revolucionário de Cuba, após o triunfo dos guerrilheiros de Sierra Maestra sobre o regime de Fulgêncio Batista (1952-1958).
O governo brasileiro, liderado por Juscelino Kubitschek (1956-1961), reconheceu o novo governo cubano e, em agradecimento, Fidel pisou pela primeira vez no Brasil. Conheceu a capital Brasília, em obras, almoçou com Juscelino e teve encontros com a imprensa, militantes e também estudantes.
Fidel levou 31 anos para repetir a visita. Em 1990, o cubano veio para a posse de Fernando Collor de Melo (1990-1992), que foi o primeiro presidente eleito pelo povo desde 1960, após a ditadura militar.Dois anos depois, Fidel veio participar da Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, que reuniu no Rio 108 chefes de Estado para buscar mecanismos que rompessem o abismo norte-sul preservando os recursos naturais da Terra.
Em 1995, o cubano prestigiou a posse do presidente Fernando Henrique Cardoso. Três anos mais tarde, Fidel voltaria para visitar FHC, então candidato à reeleição, e o seu adversário nas urnas, Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília.
Outra conferência internacional trouxe o líder cubano novamente ao Brasil, a Cúpula América Latina, Caribe e União Europeia, um fórum de diálogo político entre as nações, realizada em 1999, no Rio.
Uma visita inesperada aconteceu em 2001. O presidente brasileiro, FHC e o seu colega venezuelano, Hugo Chávez, firmaram um acordo e montaram uma rede de transmissão de energia elétrica na fronteira entre os dois países. Fidel estava na Venezuela e acompanhou Chávez no evento de inauguração, que foi realizado no dia de seu aniversário de 75 anos, em 13 de agosto.
Chávez dedicou ao cubano o acordo entre o seu país e o Brasil. “Te damos a interconexão elétrica como presente por tua luta de integração da América Latina”, disse o presidente venezuelano, em discurso na ocasião.A última visita de Fidel ao Brasil ocorreu nos primeiros dias de 2003, na cerimônia de posse de Lula.