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Fica 2015: Documentário relaciona soja transgênica com deformação em crianças na Argentina

Cidade de Goiás (GO) – Dirigido pelo francês Paul Moreira, o documentário “Transgenic Wars”, exibido nesta sexta-feira (14), na 17ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2015), na Cidade de Goiás, traz um debate a partir da relação da plantação e consumo de soja transgênica, produzida na Argentina, com a deformação em crianças argentinas e animais, na Irlanda.

Com 52 minutos de duração, o filme inicia mostrando as consequências da alimentação com soja transgênica, de determinada marca, em uma criação de suínos. “Os porcos estavam morrendo de diarreia”, disse o proprietário da fazenda irlandesa no documentário. Ou seja, desde que passaram a fornecer soja de 20% da alimentação dos suínos para 90%, a produção caiu devido às doenças que foram surgindo nos animais, que os levava à morte.

Em seguida, sob outra perspectiva, o diretor conseguiu relacionar o aumento de câncer e incidência de doenças genéticas em crianças argentinas, que residem próximas a uma plantação de soja transgênica e podem ter contato com os agrotóxicos e pesticidas utilizados nas plantações pelo ar e pela água, uma vez que a pulverização é feita de forma “irregular”, não respeitando o limite de aproximação dos vilarejos.

O documentário aponta para a denúncia de que órgãos governamentais da Argentina, como o Ministério da Ciência Argentino, auxiliam na manutenção dessas produções para que investimentos continuem sendo realizados no país e uma possível crise financeira cesse, mesmo que isso cause prejuízos à saúde da população.

Pesticidas

O documentário não trata apenas da questão das sementes geneticamente modificadas, mas, também, da utilização de agrotóxicos e pesticidas cada vez mais fortes para exterminar pragas. Segundo relatos do filme, a ideia central do produto transgênico era a facilidade de utilizar apenas um “veneno” para combater as pragas.

No entanto, assim como a soja foi geneticamente modificada, as pragas também sofreram mutações para continuar sobrevivendo. Com isso, os pesticidas “seguros” para a população passaram a não ser mais o suficiente para o combate, necessitando, então, da realização de combinações de diversos venenos, o que pode trazer riscos.

Muitos desses produtos utilizados na Argentina são proibidos em todo o território europeu e não há estudos para saber se a interação de vários pesticidas pode trazer riscos à população, como o que acontece nos vilarejos argentinos. 

Thais Dutra

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