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Categorias: Geral
| Em 8 anos atrás

FHC diz que votaria contra manter direitos políticos de Dilma

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista publicada nesta quarta-feira (7) pelo UOL, do Grupo Folha, que não teria sido misericordioso com a também ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment mas foi considerada apta a ocupar funções públicas.

“Acho que a obrigação número um do senador é obedecer a Constituição. Você pode até lá, na alma, [pensar] ‘ai, meu Deus, que pena’. Eu, por exemplo, tenho muita dificuldade, quando eu escrevo ou critico, com relação à presidente Dilma. Eu procuro ser uma pessoa que a considera. Mas isso é uma coisa no plano pessoal. Outra coisa é você como senador”, disse.

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Fernando Henrique criticou também o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, que permitiu que a decisão de manter os direitos políticos de Dilma fosse separada da decisão de removê-la do cargo de presidente.

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“Aquilo foi um absurdo porque a Constituição é clara. Vamos falar português claro: o presidente do Supremo Tribunal Federal, que tomou essa decisão, não podia ter tomado essa decisão. Ele tinha que pelo menos submeter ao Congresso para a jogar a responsabilidade no Congresso. Ele pegou o regimento do Senado. O regimento do Senado não se sobrepõe à Constituição. A Constituição diz ‘impeachment com inelegibilidade’. Então foi criado um impasse”, argumentou.

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O tucano também criticou declaração do presidente do Senado, Renan Calheiros, que articulou com o PT a salvaguarda para Dilma. Em discurso, Renan havia citado um ditado do Nordeste, “Além da queda, coice”, e acrescentado: “não podemos deixar de julgar, mas não podemos ser maus, desumanos”.

Para Fernando Henrique, não se trata de “benevolência”.

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“Não estamos tratando de questão de benevolência, estamos tratando de questão legal”, concluiu. O ex-presidente disse acreditar que o STF não poderá rever a decisão.

(FOLHAPRESS)

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