O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista publicada nesta quarta-feira (7) pelo UOL, do Grupo Folha, que não teria sido misericordioso com a também ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment mas foi considerada apta a ocupar funções públicas.
“Acho que a obrigação número um do senador é obedecer a Constituição. Você pode até lá, na alma, [pensar] ‘ai, meu Deus, que pena’. Eu, por exemplo, tenho muita dificuldade, quando eu escrevo ou critico, com relação à presidente Dilma. Eu procuro ser uma pessoa que a considera. Mas isso é uma coisa no plano pessoal. Outra coisa é você como senador”, disse.
Fernando Henrique criticou também o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, que permitiu que a decisão de manter os direitos políticos de Dilma fosse separada da decisão de removê-la do cargo de presidente.
“Aquilo foi um absurdo porque a Constituição é clara. Vamos falar português claro: o presidente do Supremo Tribunal Federal, que tomou essa decisão, não podia ter tomado essa decisão. Ele tinha que pelo menos submeter ao Congresso para a jogar a responsabilidade no Congresso. Ele pegou o regimento do Senado. O regimento do Senado não se sobrepõe à Constituição. A Constituição diz ‘impeachment com inelegibilidade’. Então foi criado um impasse”, argumentou.
O tucano também criticou declaração do presidente do Senado, Renan Calheiros, que articulou com o PT a salvaguarda para Dilma. Em discurso, Renan havia citado um ditado do Nordeste, “Além da queda, coice”, e acrescentado: “não podemos deixar de julgar, mas não podemos ser maus, desumanos”.
Para Fernando Henrique, não se trata de “benevolência”.
“Não estamos tratando de questão de benevolência, estamos tratando de questão legal”, concluiu. O ex-presidente disse acreditar que o STF não poderá rever a decisão.
(FOLHAPRESS)
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