O presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), André Pitta, reforçou nesta segunda-feira (16), em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, que deseja manter o Goianão e concluir a edição de 2020. Segundo Pitta, uma eventual paralisação, como fizeram as federações de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, acarretaria no cancelamento do torneio.

“Isso está posto. Não temos datas para frente. E vários clubes não têm condição de manter esses jogadores. É uma situação muito complicada. Se houver paralisação, é certeza que não vai retornar e não vai haver conclusão”, pontuou.

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Pitta opinou ainda que a medida poderia não garantir a segurança dos atletas. Segundo o presidente da FGF, os jogadores continuariam em atividades que colocaria-os em risco de contrair o coronavírus.”Não acredito que a paralisação do campeonato vai fazer esses atletas ficarem em casa. Eles continuarão treinando, indo ao shopping, levando o filho na escola, fazendo churrasco no fim de semana”, pontuou.

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Para ele, uma paralisação no Goianão levaria a disputas judiciais, principalmente para evitar rebaixamentos. “Uma paralisação nesse momento favorece a quem está tentando não cair, já pensando numa virada de mesa. Começa-se a usar essa situação para outros subterfúgios”, acrescentou.

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Antecipação

Com a suspensão do calendário da CBF, várias datas ficam livres. Com isso, a FGF estuda a possibilidade de antecipar jogos para concluir o Goianão o mais rápido possível. Na melhor das hipóteses, as oito datas restantes poderiam ser jogadas em quatro semanas. “Uma das avaliações é essa tentativa de antecipação, mas todo mundo tem que ceder um pouco”, disse.

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Outra estratégia, além de manter os estádios sem público, é proibir repórteres dentro de campo. “A nossa ideia para os próximos jogos, como os atletas não estão dando entrevista, é talvez não ter repórter no campo. Se cada um contribuir um pouco, podemos cumprir os compromissos e dar andamento à competição”, ponderou.

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