Um dos principais alvos de operação das duas companhias é o trecho de 855 km da Norte-Sul, que liga Porto Nacional (TO) a Anápolis (GO). A malha foi concluída pela Valec, mas ainda passa por reparos e adaptações, não tendo recebido ainda nenhuma operação comercial.
Brasília – O setor ferroviário está próximo de estrear seu novo modelo de operação, que prevê a quebra do monopólio das atuais concessionárias e a atuação de diversas companhias sobre os trilhos federais. Duas companhias de logística entregaram pedidos de habilitação à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.
As empresas querem homologação da agência para atuar como Operador Ferroviário Independente (OFI), com direito a transportar cargas em competição direta com as atuais concessionárias. Trata-se da Brado Logística, de Santos (SP), e da Tora Transportes, de Contagem (MG), ambas especializadas em transporte, armazenagem, distribuição e operação de terminais de contêineres. A Brado, que tem como sócia a ALL, foi criada em 2011 e já atua com transporte de contêineres. A Tora Logística tem terminais de cargas pelo País e uma frota de 3 mil caminhões, mas ainda não atua diretamente nos trilhos
Na Valec, estatal ferroviária vinculada ao Ministério dos Transportes, a expectativa é liberar empresas para atuar na Ferrovia Norte-Sul ainda neste primeiro semestre. Um dos principais alvos de operação das duas companhias é o trecho de 855 km da Norte-Sul, que liga Porto Nacional (TO) a Anápolis (GO). A malha foi concluída pela Valec, mas ainda passa por reparos e adaptações, não tendo recebido ainda nenhuma operação comercial.
Outra parte da ferrovia que atrai o interesse das empresas é a extensão de 669 km entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela d’Oeste (SP), prevista para ser concluída até o fim do ano. Com receita anual de aproximadamente R$ 700 milhões, a Tora planeja comprar locomotivas e vagões para entrar diretamente no negócio das ferrovias. “Queremos ampliar nossa atuação e o modelo permite isso. Temos mais de 3 mil caminhões, entre próprios e frotas contratadas, além de seis terminais de carga ligados a ferrovias. Essa capacidade será integrada aos trilhos”, disse o presidente da empresa, Valter Souza. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Estadão Conteúdo)